domingo, 30 de julho de 2017

A prece


1.       O QUE É PRECE 
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer. (7) Pode-se dizer, também, que a prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige.

2 2. IMPORTÂNCIA DA PRECE
Pela prece, obtém, o homem o concurso dos bons Espíritos, que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhes ide
ias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se dele se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. (3) Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte, e a qualquer hora, a sós ou em comum. 4

3 A MANEIRA CORRETA DE ORAR, SEGUNDO O ENTENDIMENTO ESPÍRITA A verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve ser cômodo processo de movimentação de lábios, emoldurado, muita vez, por belas palavras, mas uma expressão de sentimento vivo, real, a fim de que realizemos legítima comunhão com a Espiritualidade Maior.

A prece outra coisa não é senão uma conversa que entretemos com Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais. É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o Pai, Poderoso e Bom, Perfeição das Perfeições. Quando o espírita ora, sabe, por antecipação, que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com galhardia as provas, que se atenuam ao influxo da comunhão com o Mundo Espiritual Superior.

Jesus definiu, claramente, a maneira correta de orar, que pode ser entendida como as qualidades que a prece deve ter. Ele nos recomenda que, quando orarmos, não nos devemos pôr em evidência, mas orar em secreto. Que não é pela multiplicidade das palavras que seremos atendidos, mas pela sinceridade delas. Recomenda-nos, também, perdoar qualquer coisa que tenhamos contra o nosso próximo, antes de orar, visto que a prece agradável a Deus parte de um coração purificado pelo sentimento de caridade. Esclarece, por fim, que a prece deve ser revestida de humildade, procurando cada um ver os seus próprios erros e não os do próximo.

Quando Jesus nos recomenda orar secretamente (“entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai ao vosso Pai em secreto”, nas palavras de Mateus), não está estabelecendo um posicionamento ou postura especial, física ou mística, para entrar em comunhão com Deus. Afinal, não podemos esquecer que existe uma multidão de pessoas no planeta que não possui nem mesmo um modesto quarto para se recolher. O que Jesus pretende é que busquemos o recolhimento para, a sós, dialogarmos com Deus.

No insulamento, a oração flui com maior maturidade, sem interferências, sem preocupações com fórmulas e formas, favorecendo a comunhão legítima com a Espiritualidade [...] Nesses instantes, orienta Jesus, não nos preocupemos em falar muito, como se as respostas estivessem condicionadas à prolixidade, ou se fôssemos hábeis advogados empenhados em convencer o Céu a ajudar-nos.

O essencial não é orar muito, mas orar bem.  As preces muito longas, além de cansativas, podem revelar uma forma de ostentação, que é sempre contrária à humildade. Outra qualidade da prece é ser inteligível. Quem ora sem compreender o que diz, habitua-se a valorizar mais as palavras do que os pensamentos; [...] para ele as palavras é que são eficazes, mesmo que o coração em nada tome parte.

A esse respeito o apóstolo Paulo nos fala com lucidez: se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala e ele estrangeiro para mim [...].

A prece inteligível fala ao nosso Espírito. Para isto não basta que seja dita em língua compreensível pelo que ora; há preces em língua vulgar que não dizem muito mais ao pensamento do que se o fossem em língua estranha, e que, por isso mesmo, não vão ao coração; as raras ideias que encerram são, às vezes, abafadas pela superabundância de palavras e pelo misticismo da linguagem.

A principal qualidade da prece é ser clara, simples e concisa, sem fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que não passam de vestimentas, de lantejoulas; cada palavra deve ter o seu alcance, despertar um pensamento, mover uma fibra; numa palavra, deve fazer refletir; só com esta condição a prece pode atingir o seu objetivo, do contrário não passa de ruído. 

A prece deve ser também espontânea, nascida do coração: A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim, preferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada-lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade.

4 TIPOS DE PRECE

O mais perfeito modelo de concisão, no caso da prece, é, sem contradita, a Oração Dominical [Pai Nosso], verdadeira obra-prima de sublimidade na simplicidade; sob a mais reduzida forma, ela resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.

O Pai Nosso deve ser visto não apenas como uma prece, mas também como um símbolo, que deve ser colocado em destaque acima de qualquer outra prece, seja porque procede do próprio Jesus (Mateus, 6:9-13), seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem. 5 O Pai Nosso encerra um pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem o diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.

Todas as preces podem ser definidas como sendo um apelo de nossa alma em ligação instantaneamente feita com o Mundo Espiritual, segundo os princípios de afinidade estabelecidos no intercâmbio mental.

Sendo a prece um apelo, evidentemente somos levados a, de acordo com as instruções dos Benfeitores Espirituais, classificá-las de vários modos. Em primeiro lugar, temos a prece vertical, isto é, aquela que, expressando aspirações realmente elevadas, se projetam na direção do Mais Alto, sendo, em face dos mencionados princípios de afinidade recolhidos pelos Missionários das Esferas Superiores. Em segundo lugar, teremos a prece horizontal, traduzindo anseios vulgares [...]. Encontrará ressonância entre aqueles Espíritos ainda ligados aos problemas terrestres.

Por fim, temos a descendente. A essa não daremos a denominação de prece, substituindo-a por invocação [...] Na invocação o apelo receberá a resposta de entidades de baixo tom vibratório. São os petitórios inadequados, expressando desespero, rancor, propósitos de vingança, ambições etc. A prece é vertical, horizontal ou descendente, em decorrência do potencial mental de cada pessoa que ora, ou dos sentimentos que ela expressa.

A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina. Desejos banais encontram realização próxima na própria esfera em que surgem. Impulsos de expressão algo mais nobre são amparados pelas almas que se enobreceram. Ideais e petições de significação profunda na imortalidade remontam às alturas.

Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de freqüência e todos estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras.

5. A IMPORTÂNCIA DA PRECE NUMA REUNIÃO MEDIÚNICA

a) Preparação para a reunião mediúnica Pela prece, o homem atrai o concurso dos bons Espíritos, que vêm sustentá- lo nas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Assim, adquire ele a força necessária para vencer as dificuldades e entrar no bom caminho, se deste se houver afastado.

Portanto, no dia da reunião mediúnica, pelo menos durante alguns minutos, horas antes dos trabalhos, seja qual for a posição que ocupe no conjunto, dedique-se o companheiro de serviço à prece e à meditação em seu próprio lar. Ligue as tomadas do pensamento para o Alto. Retire-se, em espírito, das vulgaridades do terra-a-terra, e ore, buscando a inspiração da Vida Maior. Reflita que, em breve tempo, estará em contato, embora ligeiro, com os irmãos domiciliados no Mundo Espiritual [...] e antecipe o cultivo da simpatia e do respeito, da compaixão produtiva e da bondade operosa para com todos aqueles que perderam o corpo físico sem a desejada maturação espiritual. 

b) A prece durante a reunião mediúnica O Espiritismo aconselha o hábito da prece antes e após as suas reuniões: Se o Espiritismo proclama a sua utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e o modo de ação.

Além da ação puramente moral, o Espiritismo nos mostra na prece um efeito de certo modo material, resultante da transmissão fluídica. Em certas moléstias, sua eficácia é constatada pela experiência, conforme demonstra a teoria.

Sobrevindo o momento exato em que a reunião terá começo, o orientador diminuirá o teor da iluminação e tomará a palavra, formulando a prece inicial. Cogitará, porém, de ser preciso, não se alongando além de dois minutos. [...] A prece, nessas circunstâncias, pede o mínimo de tempo, de vez que há entidades em agoniada espera de socorro, à feição do doente desesperado, reclamando medicação substancial.

A oração final, proferida pelo dirigente da reunião [mediúnica], obedecerá à concisão e à simplicidade. A prece tem o poder de acalmar o Espírito comunicante desajustado, fornecendo-lhe fluidos salutares para a sua harmonização íntima. O médium que busca refúgio na prece cria um ambiente, em torno de si, favorável ao amparo espiritual, livrando-o da ação nociva de certos Espíritos inescrupulosos. A mediunidade, na ordem superior da vida, esteve sempre associada à oração, para converter-se no instrumento da obra iluminativa do mundo.

Como a oração é a expressão mais alta e mais pura do pensamento traça uma via fluídica, que permite às Entidades do Espaço descerem até nós e comunicar-se; nos grupos constitui um meio favorável à produção de fenômenos de ordem elevada, ao mesmo tempo que os preserva contra os maus Espíritos.

c) A prece e o vampirismo espiritual*

* Vampirismo espiritual: forma de obsessão em que a entidade desencarnada se alimenta dos fluidos vitais do encarnado, desvitalizando-o.


A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Constantemente [...] cada um de nós recebe trilhões de raios de vária ordem e emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimo afastadas de nós. Nesse círculo de permuta incessante, os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se, gradativamente, em foco irradiante de energias da Divindade. 

Fonte: http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Mo%CC%81dulo-1-Tema-6-A-prece-segundo-o-espiritismo.pdf

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Perispírito

PERISPÍRITO: É um envoltório semimaterial que prende o Espírito ao corpo físico. Também chamado “corpo etéreo”, “duplo etérico” ou “corpo astral”, ele participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria.

É o princípio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no Espírito.
É, além disso, o agente das sensações exteriores.
No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações. Destruído o corpo, elas se tornam gerais.

O Espírito é uma energia, dizemos “centelha da divina inteligência”, que não pode ocupar e interagir diretamente com o corpo físico, este extremamente denso e pesado, sobretudo em mundos inferiores. Faz-se necessário um molde: o Perispírito, o elo interexistencial, um corpo intermediário, vaporoso, de matéria sutil, que lhe permite manusear o envoltório carnal.
O Perispírito é o intermediário de todas as sensações que o Espírito recebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo.


ORIGEM: “De onde tira o Espírito o seu envoltório semimaterial?
Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.” (Kardec, “O Livro dos Espíritos”, q. 94)

NATUREZA: Constituído de matéria sutil, intangível, em função de seu estado fluídico, sua condensação será maior ou menor de acordo com a natureza peculiar de cada mundo, e segundo o grau de evolução do Espírito.

LIGAÇÃO COM O CORPO FÍSICO: A união do Espírito ao corpo físico começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito, ainda que errante, está ligado por um liame fluídico ao corpo com o qual se deve unir. Este liame se estreita cada vez mais à medida que o corpo se desenvolve. Desde esse momento, o Espírito é tomado de uma perturbação que aumenta sem cessar. (Kardec, “O Que é o Espiritismo?”, c. 3, q. 116)

“O embrião à medida que vai se desenvolvendo, multiplica o número das células e aumenta a área de fixação do corpo espiritual, o qual se prende às moléculas do corpo físico em formação. Ao concluir a gestação, teremos um recém-nato constituído de um grande número de células que comporão as malhas da rede que retém o corpo perispiritual.” (Ricardo Di Bernardi, “Gestação Sublime Intercâmbio”)

DESLIGAMENTO: Com o processo de morte física, sucede o desprendimento dos laços fluídicos entre corpo físico e Perispírito, desvencilhando-se pouco a pouco com o desligamento de átomo por átomo.

FUNÇÕES DO PERISPÍRITO:

Elencaremos, conforme abaixo, as principais funções do Perispírito:

  1. Envoltório do Espírito
  2. Elo entre o Espírito e o Corpo
  3. Modelo Organizador Biológico
  4. Veículo da Mediunidade
  5. Arquivo das Experiências do Espírito
  6. Sede dos Centros Vitais

1) - Envoltório do Espírito:

Volvendo-se à Introdução de O livro dos Espíritos Cap. VI, encontramos:

"Há no homem três coisas: 1°, o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2°, a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3°, o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.

"Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.

"O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.

"O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.

Da mesma forma com a questão 93, onde, inclusive Allan Kardec em seu comentário, na seqüência, faz a comparação perispírito ao perisperma - que envolve o germe do fruto.


Parte Segunda - Capítulo I

Perispírito

Pergunta 93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?

R. "Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira".

Comentário de Allan Kardec: Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.


2) - Elo entre o Espírito e o Corpo:

Sob este aspecto, o perispírito atua como intermediário entre o corpo e o Espírito. É importante revermos a questão 135 de O Livro dos Espíritos.

Pergunta 135. Há no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo?

R. "Há o laço que liga a alma ao corpo".

a) - De que natureza é esse laço?

R. "Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a matéria e reciprocamente".

Em o Livro dos Médiuns (1.861), encontramos a referência de que perispírito é o intermediário de todas as sensações que o Espírito recebe e pelo qual transmite a sua vontade.

No Livro Obras Póstumas, há a seguinte referência com relação a esta matéria:

O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo. É o órgão transmissor de todas as sensações. Quando elas vêm do exterior, o corpo recebe a impressão, o perispírito a transmite e o Espírito a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa.


DO CORPO PARA O ESPÍRITO TRANSMITE SENSAÇÕES


DO ESPÍRITO PARA O CORPO CONDUZ IMPRESSÕES


3) - Modelo Organizador Biológico:

Gabriel Delanne, no seu Livro Evolução Anímica, menciona que os Espíritos conservam a forma humana e isto não só por se apresentarem tipicamente assim, como também porque o perispírito encerra todo um organismo fluídico-modêlo, pelo qual a matéria há de se organizar no condicionamento do corpo físico.

Precisamos recorrer ao perispírito, pois ele é que contém o desenho prévio, a lei onipotente que servirá de regra inflexível ao novo organismo e lhe assegurará o lugar na escala morfológica, segundo o grau de sua evolução. É no embrião que se executa essa ação diretiva.

Tomemos, por exemplo, várias sementes de espécies diferentes. Em analisando-as quimicamente, não poderemos encontrar a menor diferença em sua composição, temo-las absolutamente iguais.

Plantemo-las, após, no mesmo terreno e veremos cada qual submetida a uma idéia diretiva especial, diferente da de sua convizinha.

Durante a vida da planta, essa idéia diretriz conservará a forma característica da planta, renovar-lhe-á os tecidos segundo o plano preconcebido, e conforme ao tipo que lhe foi de origem assinado.

Sendo a matéria primária idêntica para todas as plantas, como idêntica é a força vital para todos os indivíduos, importa exista uma outra força que origine e mantenha a forma. Ao Perispírito atribuímos esse papel, no reino vegetal, como no animal.

Léon Denis, no seu Livro Depois da Morte, nos ensina que o perispírito é um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla e invisível, constituída de matéria quintenssenciada, que atravessa todos os corpos por mais impenetráveis que estes nos pareçam.

O Espírito Camilo, no livro psicografado por José Raul Teixeira - Correnteza de Luz, explica que: como sendo do perispírito a responsabilidade pela organização do complexo celular, determinando, nas reencarnações humanas, a fixação das caracterizações de ordem genética, no quadro de necessidades e méritos que a Providência Celeste processa, devidamente. Na sua possibilidade plástica, é dotado da função modeladora da forma, dando-lhe, sob o comando espiritual, mental, a expressão da qual necessita para que tal forma material seja ideal para atender as necessidades diversas do reencarnante, ao consumar-se a reencarnação.

Por todos os seus atributos, pelas ligações célula a célula, conduzindo para a carne os impulsos internos da alma e para esta as reações nervosas do corpo físico, o perispírito presta-se como veículo imprescindível para ajudar na exteriorização da mediunidade, nos parâmetros da Terra.


4) - Veículo da Mediunidade:

Pela sua união íntima com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados.

Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.

Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; em sendo maus, a impressão é penosa. Se permanentes e energéticos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

4.1 - Veículo da Mediunidade: O Perispírito e a comunicação Mediúnica:

Um Espírito só consegue se manifestar em nosso meio através da combinação de seus fluidos perispiríticos com os fluidos do médium, que passam a formar uma espécie de atmosfera fluídico-espiritual, comum às suas individualidades, atmosfera essa que torna favorável à transmissão do pensamento, que se faz de Espírito para alma e esta, pela ação que exerce sobre o corpo, exterioriza o conteúdo desse pensamento pelos diferentes tipos de faculdade mediúnica (psicografia, psicofonia, etc).


5) - Arquivo das Experiências do Espírito:

Antônio J. Freire, no seu livro Da Alma Humana, menciona que o perispírito tem, dentre outras funções, a de arquivar nas suas camadas mais sutis e permanentes, como películas cinematográficas, todos os acontecimentos de que fomos protagonistas, registrando e assimilando todos os conhecimentos adquiridos através de nossa evolução individual multimilenária, ficando mergulhados e comprimidos nas profundezas do subconsciente e do subliminal todos esses conhecimentos desnecessários e incompatíveis com a missão progressiva, expiatória e reparadora de cada reencarnação, mas suscetíveis de aflorarem à consciência normal e cerebral por processos hipnóticos/magnéticos, já muitas vezes experimentados e observados sob o nome de regressão de memória das vidas passadas (Conde Albert de Rochas (lê-se Rochá), José Maria Colavida e os atuais pesquisadores).

Gabriel Delanne, no seu Livro Evolução Anímica, faz comentários interessantes a este aspecto:

"O perispírito é a idéia diretora, o plano imponderável da estrutura orgânica. É ele que armazena, registra, conserva todas as percepções, todas as volições e idéias da alma. Ele se constitui a testemunha imutável, o detentor indefectível dos mais fugidios pensamentos, dos sonhos apenas entrevistos e formulados. É enfim, o guardião fiel, o acervo imperdível do nosso passado (grifo nosso). Em sua substância incorruptível, fixaram-se as leis do nosso desenvolvimento, tornando-o por excelência o conservador da nossa personalidade, por isso que nele é que reside a memória.


6) - Sede dos Centros Vitais:

Estamos imersos num mar de fluidos, derivados do Fluido Cósmico Universal - FCU e absorvendo e metabolizando o Fluido Vital, que por si só, separado da matéria, não tem existência.

Esta absorção que se dá automaticamente é feita pelos determinados Centros de Força, que já eram conhecidos pelas doutrinas secretas e iniciáticas, com a denominação de CHAKRA - palavra sânscrita que significa roda, devido a que esses centros são constituídos por uma série de vórtices semelhantes a rodas que existem na superfície do perispírito.

André Luiz no Livro Entre a Terra e o Céu refere-se à denominação Centros de Força para designar esses centros perispirituais. O instrutor Clarêncio, estudando a fisiologia do perispírito, explica a André Luiz a existência dos Centros de Força e os apresenta em número de 07 Principais.


1) - CENTRO CORONÁRIO:

Expressão máxima do veículo perispiritual, considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Este centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito, comandando os demais, vibrando com eles. Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões.

Este centro é que liga os planos espiritual e material.

Ele relaciona-se, materialmente, com a EPÍFISE.

EPÍFISE: Também denominada Glândula Pineal, está situada na região denominada Epitálamo, tem a forma de uma pinha, e é pouco conhecida pela Ciência, embora desde Galeno (201 a 130 a.C.) e na antigüidade já fosse descrita.

Os neurologistas situam-na à frente do cerebelo, acima dos tubérculos, quadrigêmeos e por baixo do corpo caloso.

As funções do Corpo Pineal são desconhecidas, porém, a verificação de casos de puberdade precoce levou os cientistas a concluírem que a glândula tem papel importante no controle sexual no período infantil.

André Luiz, no seu livro Missionários da Luz, traduzindo a palavra do instrutor Alexandre, nos revela que a epífise é a glândula da vida mental; ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre.

A Glândula Pineal segrega hormônios psíquicos ou "unidades força" que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras. Segregando unidades-força, pode ser comparada à poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade.

No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera.


2) - CENTRO FRONTAL OU CEREBRAL:

Responsável direto pelo funcionamento dos centros superiores do processo intelectivo, bem como do Sistema Nervoso Central (visão, audição, tato, etc). É no Centro Frontal que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos. Relaciona-se com os lobos frontais.


3) - CENTRO LARÍNGEO:

É o responsável pelo funcionamento das glândulas do Timo, da Tiróide e dos órgãos responsáveis pela fala. Está relacionado materialmente com o plexo cervical.


4) - CENTRO CARDÍACO:

É responsável pelo funcionamento do coração e do aparelho circulatório e pelo controle dos sentimentos. Está materialmente relacionado com o plexo cardíaco.


5) - CENTRO GÁSTRICO:

Responsável pelo funcionamento do aparelho digestivo; pela assimilação de elementos nutritivos e reposição de fluidos em nossa organização física. É responsável pelo controle das emoções. Relaciona-se, materialmente, com o plexo hipogástrico.


6) - CENTRO ESPLÊNICO:

Responsável pelo funcionamento do baço, pela formação e reposição das defesas orgânicas através do sangue; Relaciona-se, materialmente, com o plexo mesentérico (intestino inferior) e o baço.


7) - CENTRO GENÉSICO OU BÁSICO:

Responsável pelo funcionamento dos órgãos de reprodução e das emoções daí advindas; relaciona-se, materialmente, com o plexo sacro e hipogástrico.

Correlação entre o Perispírito e a Aura Psíquica ou Hálito Mental:


Todos nós, encarnados e desencarnados vivemos mergulhados no FCU. Essa substância é absorvida automática e inconscientemente por várias portas de entrada (respiração, Centros de Força Vital - Chakras).

O FCU é absorvido e metabolizado em fluido Vital, circulando por esses diversos Centros de Forças, canalizando de acordo com o padrão vibratório de cada um, irradiando-se em torno do seu possuidor, com suas características particulares, formando o denominado "Hálito Mental" ou "aura Psíquica".

Todas as agregações celulares emitem radiações - halo energético.

No homem, essas irradiações são enriquecidas e modificadas pelos fatores do pensamento contínuo, modelando e formando a chamada Aura Humana.

A Aura é então, um espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos - todas as idéias se evidenciam, como se fossem telas vivas.

Ela retrata todos os pensamentos e estados em cores e imagens.

Através da Aura é que:

- somos vistos e examinados pelas Inteligências Superiores,

- somos sentidos e reconhecidos pelos nossos afins e

- exteriorizamos o reflexo de nós mesmos sem necessidade de palavras.

Quando ela é detectada, mostra exatamente o que somos e como somos - física, psíquica e moralmente.

Por ser nossa irradiação emitida diretamente ao meio externo, através dela, comunicamos ao mundo material e espiritual, nossa faixa de vibração.

Ela não é, contudo o Perispírito, mas apenas uma emanação deste.

Segundo André Luiz, todas as agregações celulares emitem radiações. Essas radiações se articulando formam "tecidos de força" em torno dos corpos que a exteriorizam.

No homem, semelhante projeção é profundamente enriquecida e modificada pelo "fatores do pensamento contínuo".

A Fotosfera Psíquica atende à cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos todos os pensamentos em cores.

Propriedades do Perispírito

PLASTICIDADE
O Perispírito possui extremo poder plástico, adaptando-se às ordens mentais que brotam continuamente do Espírito.
Vale a máxima: “Pensou, Vibrou, Plasmou.” Assim, a apresentação perispiritual são modeladas pelo estado psíquico do Espírito, podendo portar o perispírito objetos como óculos, que de nada lhe servem.
“O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas. Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.” (...) “Os anjos caídos não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir. Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.” (Francisco Cândido Xavier, Médium, Emmanuel, Espírito. “Roteiro”, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB)

DENSIDADE

O Perispírito trata-se de porção de matéria quintessenciada, e, como matéria, possui densidade que varia de acordo com o grau de evolução do Espírito.

PONDERABILIDADE
O Perispírito possui massa imperceptível para os instrumentos dos encarnados terrenos, mas mensurável na dimensão espiritual. A condição vibratória de seus fluidos não apresenta uma massa que se possa medir na Terra.

LUMINOSIDADE
A luminosidade, como a densidade, desponta como uma característica muito pessoal do Espírito.
Esta luminosidade é o que os sensitivos e videntes identificam como “aura”.
“Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma. (...) A intensidade da luz está na razão da pureza do Espírito: as menores imperfeições morais atenuam-na e enfraquecem-na.”
“A luz irradiada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior o seu adiantamento. Assim, sendo o Espírito, de alguma sorte o próprio farol, verá proporcionalmente à intensidade da luz que produz, do que resulta que os Espíritos que não a produzem acham-se na obscuridade.” (Kardec. “O Céu e o Inferno”, 39ª ed., Rio de Janeiro: FEB, 1994, p.292)‏

PENETRABILIDADE
O Perispírito, também em função de suas características vibratórias, possui natureza etérea que lhe permite atravessar qualquer barreira física terrena.
“Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo; ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes.”
“Daí vem que não há como impedir que os Espíritos entrem num recinto inteiramente fechado.” (Kardec. “Obras Póstumas”, FEB, pp.47-48)

VISIBILIDADE
O Perispírito é completamente invisível para os olhos físicos. Não o é para os Espíritos. Aos encarnados vê-lo só é possível para pessoas preparadas mediunicamente, pela propriedade chamada “os olhos da alma”.
Na espiritualidade os desencarnados menos adiantados percebem o corpo perispiritual de seus pares, captando-lhes o aspecto geral. Por afinidade vibratória, vêem os seres em sua mesma faixa de sintonia. Os Espíritos Superiores, no entanto, podem identificar os Espíritos de menor grau de elevação e pesquisar sua intimidade perispirítica.

CORPOREIDADE
O Perispírito resulta das projeções do Espírito, exercendo papel de modelo do corpo físico (MOB). Por esta propriedade, o Perispírito vai moldando o corpo físico, regendo o desenvolvimento embrionário e fetal e imprimindo às células e tecidos em formação as suas características.

TANGIBILIDADE
O Perispírito, com o devido suporte ectoplasmático, pode tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. Esta característica depende da ação de médiuns encarnados doadores de fluido condensado, o ectoplasma.

SENSIBILIDADE GLOBAL
É a propriedade do Perispírito que popularmente se chama “os olhos da alma”.
César Lombroso estudou médiuns que apresentavam transposição de sentidos, isto é, capazes de perceber estímulos por vias físicas impróprias para isso. Observou casos em que uma pessoa lia com a orelha, outra, sentia odores com o queixo.

SENSIBILIDADE MAGNÉTICA
O Perispírito possui características eletro-magnéticas, como um campo de força. Assim, é sensível à ação magnética.
O Espírito é sensível às influências de energia ambiental que o envolvem (psicosfera) e é esta propriedade que lhe permite absorver, assimilar e transmitir a energia espiritual que capta ou recebe.

EXPANSIBILIDADE
O Perispírito pode expandir-se, ampliando o seu campo de sensibilidade e, também, de percepção.
A expansibilidade perispirítica é a base dos principais processos mediúnicos. Esta propriedade também é chamada emancipação da alma.

BICORPOREIDADE
O Perispírito pode apresentar bicorporeidade ou desdobramento. Trata-se da capacidade de atingir um estado de desprendimento do corpo físico, podendo, em certas situações, tornar-se visível ou tangível. Não restrito às lides medianímicas, verificando-se comumente o desdobramento noturno durante o sono do corpo físico.
“Por muito extraordinário que seja tal fenômeno, como todos os outros, se compreende na ordem dos fenômenos naturais, pois que decorre das propriedades do perispírito e de uma lei natural.” (Kardec. “Obras Póstumas”. 26ª ed., FEB, pp. 56-57)‏

UNICIDADE
A estrutura do Perispírito é única. Assim, não há perispíritos iguais, como, a rigor, inexistem almas idênticas.
Esta propriedade é indicadora da manutenção da individualidade do Espírito.
“A idéia do grande todo não implica, necessariamente, a da fusão dos seres em um só. Um soldado que volta ao seu regimento, entra em um todo coletivo, mas não deixa, por isso, de conservar sua individualidade.
O mesmo se dá com as almas que entram no mundo dos Espíritos, que para elas é, igualmente, um todo coletivo: o todo universal. É neste sentido que deve ser entendida esta expressão na linguagem de certos Espíritos.” (Kardec. “Iniciação Espírita”, 13ª ed., Sobradinho: EDICEL, 1995, p. 213)‏

PERENIDADE
O Perispírito acompanha o Espírito em sua marcha evolutiva, não perecendo junto com o corpo físico.
“A alma se encontra unida à substância perispirítica, que coisa nenhuma pode destruir...
Nem os milhões de graus de calor dos sóis ardentes, nem os frios do espaço infinito têm ação sobre esse corpo incorruptível e espiritual. Somente a vontade pode modificar, não, porém, mudando-lhe a substância, mas expurgando-a dos fluidos grosseiros de que se satura no começo de sua evolução.” (Gabriel Delanne, “A Alma é Imortal”, 6ª ed, Rio de Janeiro: FEB, 1990, p. 288)‏

MUTABILIDADE
O Perispírito, no decorrer do processo evolutivo, modifica-se em estrutura, forma e atmosfera fluídica.
-Estrutura e Forma: variam de acordo com o tipo hominal;
-Atmosfera fluídica: muda à medida que o Espírito evolui.
Há mundos em que os homens medem mais de 3m; noutros, nasce-se com guelras para facilitar a natação; em alguns, há o recurso de asas; todas estas características físicas encontram correspondência no intermediário perispiritual.

CAPACIDADE REFLETORA
O Perispírito reflete contínua e incessantemente os estados mentais do Espírito. Todo pensamento encontra imediata ressonância na estrutura perispiritual, gerando:
-uma imagem, que pode formar a chamada forma-pensamento;
-reflexos energéticos, de acordo com a carga emocional, irradiando impulsos que repercutem nos centros vitais, no sistemas nervoso, endócrino, sangüíneo, e nas células, influenciando em seu equilíbrio e desempenho. “Pensou, Vibrou, Plasmou.”

ODOR
O Perispírito pode apresentar odor particular.
Certos médiuns chegam a captar odores, agradáveis ou não, indicativo da evolução dos Espíritos presentes.
Na espiritualidade, há regiões infestadas de miasmas pestilentos, a exalarem odores tão fétidos que se tornam insuportáveis. Estes odores são exalados pelos perispíritos dos habitantes destas regiões. Espíritos superiores, entretanto, podem exalar aromas.

“Todas as criaturas vivem cercadas pelo halo vital das energias que lhes vibram no âmago do ser e esse halo é constituído por partículas de força a se irradiarem por todos os lados, impressionando-nos o olfato, de modo agradável ou desagradável, segundo a natureza do indivíduo que as irradia.
Assim sendo, qual ocorre na própria Terra, cada entidade aqui se caracteriza por exalação peculiar.” (Francisco Cândido Xavier, Médium, André Luiz, Espírito, “Ação e Reação”, Rio de Janeiro, Ed. FEB, 17ª.ed.,1996, c.5, p.64)

TEMPERATURA
O Perispírito pode apresentar, pelo menos em intercâmbios mediúnicos, temperatura própria.
Muitos médiuns registram uma espécie de gélido torpor, com a avizinhação de Espírito sofredor, ou, ao contrário, uma cálida sensação de bem-estar, quando da aproximação de um Espírito superior.


Bibliografia: 
Gabriel Delanne, “A Alma é Imortal”, Rio de Janeiro: FEB, 6ª ed, 1990; Jacob Melo, “O Passe”, FEB; Zalmino Zimmermann, “Perispírito”, Campinas, ed. CEAK, 2ª ed.,2000; KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno; . Idem - A Gênese; Idem - O Livro dos Espíritos; Idem - O Livro dos Médiuns; Idem - Obras Póstumas; DENIS, Léon. Depois da Morte;  Idem - No Invisíve; XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Pelo Espírito André Luiz; Idem - Pensamento e Vida. Pelo Espírito Emmanuel; Idem - Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel; 21. ZIMMERMANN, Zalmino. Perispírito. 

sábado, 1 de julho de 2017

OS FLUÍDOS


Definições:

Segundo o Dicionário;

Popularmente falando;

De acordo com o entendimento Espírita.


a) Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, encontramos que: Fluido – é um termo genérico empregado para traduzir a característica das substancias líquidas ou gasosas, ou de substância que corre ou se expande à maneira de um líquido ou um gás.

(Obs. A palavra fluido por ser um ditongo (encontro de uma vogal com uma semivogal ou de uma semivogal com uma vogal – são inseparáveis), logo a pronúncia correta é FLUI – DO (e não flu-í-do). Exemplos de outros ditongos: boi, pai, mui–to, sau-na, cir-cui-to, gra-tui-to, for-tui-to, 


b) Popularmente falando – O fluido pode ser designado como a fase não sólida da matéria, a qual pode se apresentar em quatro subfases: pastosa, líquida, gasosa e radiante, tendo sido esta última apresentada à Ciência, pelo inglês Sir William Crookes.

(observamos que, atualmente, a Ciência já considera até sete subfases para a matéria).



De acordo com o entendimento Espírita – Fluido é tudo quanto importa à matéria, da mais grosseira à mais diáfana, variando em multiplicidade infinita a fim de atender a todas as necessidades físicas, químicas e inclusive vitais da matéria, bem como de sua intermediação entre os reinos material e espiritual. É o fluido não apenas algo que se move, a exemplo dos líquidos e dos gases, mas a própria essência desses mesmos líquidos e gases e de todas as matérias, inclusive aquelas inapreciáveis por nossos instrumentos físicos ou mesmo psíquicos. 

Nos ensina Léon Denis, no seu Livro "No Invisível", que a matéria tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais sutis, que denominamos fluidos. A medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das formas de energia. 

O Espírito André Luiz, no seu Livro "Evolução em dois Mundos", define segundo critérios mais extensivos, que o fluido dessa ou daquela procedência, vem a ser um corpo cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se quando entregues a si mesmas. 


 Universo em que vivemos: 


O Universo em que vivemos se apresenta sob duas formas: 


Forma visível, material ou tangível: É o espaço em que nós, hoje, Espíritos encarnados estamos vivendo. 


Forma Invisível, imaterial ou intangível: Espaço ou Mundo, em que habitam os seres desencarnados ou Espíritos; aqueles que perderam o seu invólucro material e retornaram ao mundo de origem.

O mundo imaterial começa justamente onde o visível e material termina, porque em a Natureza, tudo segue um plano perfeito de continuidade. No Universo visível e material os fenômenos ocorrem dentro de certos limites, segundo determinadas leis.

Como já vimos, no mundo visível a matéria se nos apresenta sob vários estados ou subfases reconhecidos pela ciência (sólido, pastoso, líqüido, gasoso e radiante), além de outros, já reconhecidos, como anteriormente mencionado. 

Logo, podemos constatar que, em nosso chamado "Universo Visível", já existem determinados estados da matéria em condições de invisibilidade para os nossos cinco sentidos. No entanto, aquilo que não podemos perceber normalmente pêlos sentidos que somos dotados, o fazemos utilizando determinados instrumentos, ou mesmo, cálculos matemáticos.

No Universo invisível e imaterial ocorrem igualmente fenômenos que também seguem leis que nos são reveladas pêlos seres que nele habitam. 

A Ciência resolveu a questão dos milagres que mais particularmente derivam do elemento material, quer explicando-os, quer lhes demonstrando a impossibilidade, em face das leis que regem a matéria. Mas, os fenômenos em que prepondera o elemento espiritual, esses, não podendo ser explicados unicamente por meio das leis da Natureza, escapam às investigações da Ciência. Tal a razão por que eles, mais do que os outros, apresentam os caracteres aparentes do maravilhoso. É, pois, nas leis que regem a vida espiritual que se pode encontrar a explicação dos milagres dessa categoria.


FCU – Fluido Cósmico Universal: 


De acordo com "A Gênese" (Quinta obra da Codificação/1.868 - cap. XIV - itens 1 e 2), o Fluido Cósmico Universal é a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza". 

O mundo imaterial, invisível ou espiritual como é costumeiramente chamado, também é composto de alguma coisa, de algum material, de alguma substância, de algum elemento - é composto de fluidos. Tais fluidos tem uma estrutura, uma forma habitual de agregação, de composição e, de acordo com as variações sofridas nessa estrutura, apresentam propriedades especiais e diferentes das dos demais. Portanto, há vários estados e várias formas pêlos quais os fluidos se apresentam, cada um com propriedades específicas, mas todos se originando de um elemento primordial - o Fluido Cósmico Universal.

Ele é a própria matéria primitiva, da qual derivam todas as demais formas de matéria e energias. Preenche todos os vazios do espaço, estando presente em toda a natureza. Por ser o elemento gerador de todo o restante das manifestações materiais e energéticas, guarda similaridade e afinidade com estas, podendo, muito facilmente, sob a ação de uma vontade, interagir com todas, inclusive mudando suas propriedades físicas, temporária ou permanentemente.

Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: 



Eterização ou Imponderabilidade: 

É o que se pode considerar de "primitivo estado normal".

No estado de eterização, o Fluido Cósmico Universal não é uniforme; sem deixar de ser etéreo, sofre modificações tão variadas em gênero e mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangível. Essas modificações constituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais e dão lugar aos fenômenos peculiares ao mundo invisível.

Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos tem para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substancias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.

Os espíritos utilizam-se do FCU para realização de muitas ações, inclusive como "matéria prima" para suas intervenções sobre a matéria, no plano espiritual e no plano material. Os espíritos utilizam o FCU como "amálgama" para compatibilizar a utilização conjunta de diferentes tipos de fluidos, energias e mesmo matéria, graças a afinidade do FCU com todos, por ser o elemento primitivo. 

A possibilidade de manipulação consciente do FCU é proporcional ao grau de evolução do espírito, pois lá, como neste mundo, somente aos Espíritos mais esclarecidos é dado compreender o papel que desempenham os elementos constitutivos do mundo onde eles se acham. Os ignorantes do mundo invisível são tão incapazes de explicar a si mesmos os fenômenos a que assistem e para os quais muitas vezes concorrem maquinalmente, como os ignorantes da Terra o são para explicar os efeitos da luz ou da eletricidade, para dizer de que modo é que vêem e escutam.

Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea. Alguns há, pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer idéia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego de nascença procura fazer idéia da teoria das cores.

Como vemos é através do corpo que percebemos os fenômenos do nosso meio material; somente em condições especiais é que o espírito encarnado, alcançando uma maior liberdade de ação, percebe as ocorrências do mundo espiritual.



Materialização ou de Ponderabilidade:

Neste estado, podemos considerar o Fluido Cósmico Universal, como um estágio consecutivo do primeiro (eterização), e o percebemos através dos diferentes estados da matéria. 

Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita; os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente. No estado de encarnação, o homem somente pode perceber os fenômenos psíquicos que se prendem à vida corpórea; os do domínio espiritual escapam aos sentidos materiais e só podem ser percebidos no estado de Espírito.


Fluidos Espirituais:


Ainda de acordo com "A Gênese", cap. XIV, itens 4 e 5, não é rigorosamente exata a qualificação de Fluidos Espirituais, porque, na verdade, eles são matéria, embora extremamente quintenssenciada.

De realmente espiritual, somente o Espírito ou Princípio Inteligente. 

Recebem essa denominação "Fluidos Espirituais", por comparação, e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Diz-se Fluidos Espirituais, no sentido de matéria do Mundo Espiritual. 

Os Fluidos Espirituais, que são um dos estados do Fluido Cósmico Universal, são a bem dizer:

- A atmosfera dos seres Espirituais;

- O elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam;

- O meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e audição dos Espíritos, mas que escapam aos sentidos carnais;

- O meio onde se forma a luz peculiar ao Mundo Espiritual, diferentes pelas causas e pêlos efeitos, da luz ordinária;

- E, finalmente, o veículo do pensamento como o ar o é do som.


Ä Atuação dos Espíritos sobre os Fluidos Espirituais:

Os Espíritos atuam sobre os Fluidos Espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. 

Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizando com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. 

Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera. 

Cabe neste momento, observar-se, que há uma conseqüência bastante séria para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os Fluidos Espirituais, pois sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo os pensamentos modificar-lhes as propriedades, é claro que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar. Desta forma, os maus pensamentos corrompem os Fluidos Espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos projetados por Espíritos inferiores, são, portanto, passíveis de viciações. 

Por outro lado, os fluidos emanados pêlos Espíritos bons, podem sanear, harmonizar os ambiente e trazer muito conforto. 

Imprescindível também o registro de que, os pensamentos dos encarnados também atuam sobre os Fluidos Espirituais, da mesma forma, viciando ou saneando-os, logo, o ensinamento de Jesus a respeito da vigilância (Vigiai e orai), se emprega, sobretudo, com relação aos nossos pensamentos. 



Qualidade dos fluidos:

Os fluidos não possuem qualidades "sui generis", mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pêlos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pêlos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especiais à produção de tais ou tais efeitos. 

Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Observamos porém, que ao dizer-se que tal fluido é bom ou mau, estamos nos referindo ao "produto final" e não à sua generalidade, pois o Fluido Cósmico é puro, sendo suas derivações o produto das "manipulações", em níveis e padrões variados. 


Qualidade dos Fluidos sob o Ponto de Vista Moral:


Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc.



Qualidade dos Fluidos sob o Ponto de Vista Físico:

Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, suporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. 

O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.



Correlação entre o Perispírito dos Encarnados e os Fluidos Espirituais:

Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos Fluidos Espirituais, eles o assimilam com facilidade, como por exemplo, uma esponja se embebe de um líquido. Conforme a expansão ou irradiação do perispírito do encarnado, maior a ação dos fluidos sobre ele. 

Atuando os fluidos sobre o perispírito, este, ao seu turno, reage sobre o organismo material, com que se acha em contato molecular. Logo, se os eflúvios são de boa natureza, o corpo recebe uma impressão salutar; se, por outro lado, são maus, a impressão é penosa para o corpo.

Se são permanentes e energéticos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas - não sendo outra, senão esta, a causa de certas enfermidades. 

O encarnado absorve pêlos poros perispiríticos os fluidos emanados.

Uma assembléia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. Nessas reuniões há uma multiplicidade de correntes e de eflúvios cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual. Logo, ressalta-se a importância em se procurar reuniões homogêneas e simpáticas, onde se pode haurir novas forças morais e se recuperar das perdas fluídicas que sofremos todos os dias. 



Fluidos, Energias e suas relações com o Perispírito:



Fluidos: 

Denomina-se fluidos as emanações energéticas trabalhadas em um processo orgânico ou perispiritual. São energias, que recebem essa denominação especial, como por exemplo o "fluido vital", que também poderia ser denominado "energia vital. São mais próximos a matéria palpável.


Energias: 

São as emanações não materiais, no campo vibratório, derivadas de atividades do pensamento ou de fenômenos vibratórios inerentes a estrutura da matéria e suas propriedades (ex.: luz solar, pensamentos, etc.)


Relações entre Fluidos, Energias e Perispírito: 

Em existindo o Espírito, existirá também o perispírito. Um não existe sem o outro. O perispírito é semimaterial, constituído de um complexo de energias e fluidos, estruturando um "corpo" para o espírito. Pode ser comparado como uma matéria muito sutil que envolve o Espírito. O perispírito tem a função de dar limite e relação ao espírito, permitindo a interação deste com a parte "material" da natureza. As energias e fluidos constituintes do perispírito são oriundos da metabolização das energias e fluidos do local onde está o Espírito, ou seja, o perispírito está sempre "ajustado" ao meio onde se encontra o espírito. O perispírito, no seu componente energético "transita" nos planos ou dimensões material e espiritual, sendo o elemento de "ajuste" ou "interligação" entre os dois planos. Como "pertence" simultaneamente aos dois planos, sujeita-se, ao mesmo tempo, às Leis "físicas" características de cada uma dessa dimensões.

A matéria que constitui o perispírito possui propriedades especiais, entre as quais a de ser manipulada, de maneira consciente ou automática pelo próprio espírito. A matéria do perispírito é flexível, expansível, compressível, interage com o F.C.U. – Fluido Cósmico Universal e pode absorver e fundir-se com outras formas de energia e de matéria, pela ação do pensamento e da vontade. Utilizando-se da matéria do perispírito e combinado esta com outras formas de energia e fluidos, o Espírito pode agir sobre a própria matéria.

O perispírito no encarnado, embora mais limitado pela presença da energia vital e pela ligação com o corpo físico, conserva afinidade e semelhança com o perispírito dos desencarnados. Também é expansível, compressível, flexível, apenas em grau menor que o do desencarnado. Todos os fenômenos de intercâmbio ou de interação entre o plano material e o plano espiritual exigem a participação dos perispíritos do espírito e de um encarnado, e da interação com outras formas de energia ou de outros perispíritos.

O espírito, através do perispírito, assimila energias das mais diversas, de acordo com seu estado de maior ou menor equilíbrio, físico e espiritual. O Perispírito então metaboliza essas energias nos centros de força e as distribui em nosso organismo. Essas energias se manifestam em nossa aura, formando nosso "hálito mental". O hálito mental caracteriza as energias e fluidos que emitimos ao nosso redor, transmitindo sensações e impressões decorrentes de sua "qualidade".


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BIBLIOGRAFIA



A Gênese – Allan Kardec. Cap. XIV – Os Fluidos. 

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec. Perguntas 27 e 427. 

O Livro dos Médiuns – Allan Kardec. Perguntas 74 e 98. 

No Invisível – Cap. XV. – Léon Denis.páginas 175 à 185. 

A Alma é Imortal – Gabriel Delanne - 3.ª parte, cap. III páginas 226, 232, 284, 289. 

Evolução em Dois Mundos – Páginas 19 e 95. 

Depois da Morte – Léon Denis. Páginas 51, 52, 153 e 207 

Mecanismos da Mediunidade – André Luiz – psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Páginas 35 e 158. 

Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica - 20.ª Sessão Teórica - Centro Espírita Luz Eterna. 

O Passe – Jacob de Melo. Cap. IV, 1. Fluidos, páginas 53 à 69. 

Pesquisa complementar e Transparências (Power Point) – Carlos Parchen , do Centro Espírita Luz Eterna