sexta-feira, 18 de agosto de 2017

CATEGORIA DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

1-. O LIVRO DOS MÉDIUNS TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS (2ª parte - capítulo IV):

 FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL:
- É uma criação de Deus não sendo, portanto, sua emanação.
- É o princípio elementar de todas as coisas.
- Modificado, forma a matéria compacta que nos rodeia. - Serve para animar a matéria. O princípio vital nele reside.
- Modificado de acordo com cada mundo, forma o perispírito dos seus habitantes.
- Fluido básico para a formação dos fenômenos de efeitos físicos:

 Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela (...)”. (O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec - questão 27)

2. As manifestações espontâneas não se limitam sempre aos ruídos e às pancadas:

“(...) Vê-se móveis e objetos diversos desordenarem-se, portas e janelas serem abertas e fechadas, ladrilhos serem quebrados, objetos serem lançados de fora, não sendo, portanto, efeito de uma ilusão. (...) Algumas vezes, ouve-se barulho em uma parte vizinha, louça que cai e se quebra com estrondo, lenhas rolando sobre o soalho e, ao chegar no local, encontra-se tudo tranquilo e em ordem. Afastando-se, o tumulto recomeça. Se se tomasse a sábia atitude de rir-se de suas malvadezas, acabariam por cansar e por tranquilizarem. (...) Mas, é sempre útil saber o que querem. Se pedem algo, cessarão suas visitas sendo atendidos. (O LIVRO DOS MÉDIUNS - MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS 2ª parte - capítulo V - itens 87 e 90)

3. O LIVRO DOS MÉDIUNS LABORATÓRIO DO MUNDO INVISÍVEL 2ª parte - capítulo VIII:

 “(...) o Espírito tem, sobre os elementos materiais, disseminados por toda parte no espaço, na vossa atmosfera, um poder que estais longe de supor. Pode, à sua vontade, concentrar esses elementos e dar-lhes a forma aparente própria para os seus projetos.” São Luís – item 128/ 129
“ (...) O Espírito age sobre a matéria; ele tira da matéria cósmica universal os elementos necessários para formar, de acordo com sua vontade, objetos com a aparência dos diversos corpos que existem na Terra. Ele pode igualmente atuar sobre a matéria elementar, de acordo com sua vontade, uma transformação íntima, dando-lhe propriedades determinadas. Essa faculdade é inerente à natureza do Espírito, que, muitas vezes, exerce-a instintivamente, quando necessário, e sem se dar conta disso. Os objetos formados pelo Espírito possuem existência temporária, subordinada à sua vontade ou a uma necessidade; ele pode fazê-los ou desfazê- los como quiser. Esses objetos podem, em certos casos, ter aos olhos das pessoas vivas todas as aparências da realidade, ou seja, podem tornar-se visíveis e até mesmo tangíveis. Existe uma formação, e não uma criação, porque o Espírito não pode tirar nada do nada.”

5. FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS ESPÍRITO:

Para movimentar um corpo sólido, combina seu próprio fluido, uma parte do Fluido Cósmico Universal com outro fluido (ectoplasma) liberado por um médium e apropriado para este fim. - Sendo este corpo muito pesado, solicita o auxílio de outros Espíritos que estão em suas mesmas condições. - Em razão de sua natureza etérea o Espírito não pode agir sobre a matéria grosseira sem a presença do perispírito, ou seja, do laço que o une à matéria. - Os Espíritos que produzem esses efeitos são sempre inferiores, pois não encontram-se, ainda, inteiramente desligados de toda a influência material. - Os Espíritos superiores possuem a força moral. Havendo a necessidade da utilização da força, utilizam-se dos que lhes são inferiores. - São Luís (O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS - 2ª parte - cap. IV item 74)

5. MÉDIUM:

Seus trabalhos têm a finalidade de chamar a atenção da incredulidade humana para a existência dos Espíritos e do mundo invisível. Produzem fenômenos materiais, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, voz direta, curas fenomênicas, transportes, etc.
- Tem a capacidade orgânica de doar o fluido para a produção do efeito físico.
- Pode servir de instrumento para o Espírito sem disso desconfiar.
- Sua vontade ajuda a força, mas o movimento (do objeto) poderá ocorrer contra e malgrado essa vontade.
- Há uma espécie de emanação deste fluido, por consequência de seu organismo. A emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, sua combinação mais ou menos fácil e daí os médiuns mais ou menos potentes. FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS (O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS - 2ª parte - cap. IV item 74, 75)

6. MECANISMO:

- Para a movimentação de algum objeto, o Espírito anima ficticiamente esta matéria grosseira envolvendo-a com parte do princípio vital que retira do Fluido Cósmico Universal. Portanto, no caso de uma mesa que se ergue, não é o Espírito que a levanta, mas ela por si só comandada pela vontade do Espírito.
- No exemplo da mesa, a vida é momentânea; ela se extingue com a ação ou antes mesmo do seu término, tão logo que a quantidade de fluido não seja mais suficiente para animá-la.
- O Espírito é a causa preponderante na produção deste fenômeno. O fluido é o instrumento.
- Quando o Espírito pousa os dedos sobre as teclas de um piano, os pousa realmente, e mesmo as movimenta; mas não é pela força muscular que pressiona sobre a tecla; anima-a e a tecla, obedecendo à sua vontade, se movimenta e golpeia a corda.
- Espíritos pouco avançados presos a influenciação da matéria creem agir como quando tinham seus corpos; acham que tocam o piano pela pressão exercida por seus dedos sobre as teclas. O efeito se produz instintivamente neles, não percebendo ser pela sua vontade.
- Para a produção do fenômeno, necessário é que o Espírito primeiramente o queira e que tenha um objetivo, um motivo, sem isso não faz nada. Após, a necessidade de encontrar, precisamente no lugar que gostaria de agir, uma pessoa apta a oferecer o fluido, o que é uma rara coincidência.
7. “(...) as pessoas cujos nervos vibram ao menor sentimento, à menor sensação, que a influência moral ou física, interna ou externa, sensibiliza, são as mais aptas a se tornarem excelentes médiuns de efeitos físicos de tangibilidade e de transporte. De fato, seu sistema nervoso, quase inteiramente desprovido do envoltório refratário que isola esse sistema na maioria dos outros encarnados, torna-os apropriados para a realização dos diversos fenômenos. Em consequência, com uma pessoa dessa natureza, e cujas outras faculdades não sejam hostis à mediunização, mais facilmente se obterão os fenômenos da tangibilidade, as batidas nas paredes e nos móveis, os movimentos inteligentes e mesmo a suspensão no espaço da matéria inerte mais pesada. (...)”-  Erasto (O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec - 2ª parte – cap. V item 98)

8. VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS:

Podem ser divididos em dois grupos:
Facultativos = que têm consciência dos fenômenos que produzem;

Involuntários  ou naturais = que não possuem consciência de suas faculdades e são usados pelos Espíritos para promoverem manifestações sem que o saibam. (Erasto e Sócrates = principais Espíritos que catalogaram as variedades de médiuns. (it.186)

TIPTÓLOGOS: AQUELES QUE POR CUJA INFLUÊNCIA SE PRODUZEM OS RUÍDOS E AS PANCADAS, COM OU SEM A PARTICIPAÇÃO DA VONTADE.

A tiptologia constitui um meio de comunicação como qualquer outro, e que não é, mais do que o da escrita, ou da palavra, indigno dos Espíritos elevados. Todos os Espíritos, bons e maus, podem servir-se dele, como dos diversos outros existentes. O que caracteriza os Espíritos superiores é a elevação das ideias e não o instrumento de que se utilizem para exprimi-las. Sem dúvida, eles preferem os meios mais cômodos e, sobretudo, mais rápidos; mas, em falta de lápis e papel, não escrupulizarão de valer- se da vulgar mesa falante e a prova é que, por esse meio, se obtém os mais sublimes ditados. (item 145) O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec - 2ª parte - cap. XI TIPTÓLOGOS, MOTORES, de TRANSPORTES, CURADORES, EXCITADORES, de EFEITOS MUSICAIS, PNEUMATOFÔNICOS, PNEUMATÓGRAFOS, APARIÇÕES, de TRANSLAÇÕES - SUSPENSÕES.

9. VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

DIFERENÇA ENTRE TIPTOLOGIA E SEMATOLOGIA

SEMATOLOGIA: É a comunicação dos Espíritos por meio de sinais, tais como ruídos, batidas, movimento de objetos, etc. Em se tratando da sematologia por meio de batidas, é usado o termo tiptologia, ou seja, se as pancadas visam corresponder às letras do alfabeto para formarem frases inteiras, os sinais tentam representar a qualidade das emoções que empolgam o Espírito manifestante. Dessa forma, a mesa pode apresentar movimentos bruscos ou suaves, ou de outras tantas formas quanto são os sentimentos que se quer expressar.

TIPTOLOGIA: Consiste na linguagem das pancadas, barulhos e ruídos provocados pelos Espíritos; por isso dizer que é uma manifestação inteligente, porque há a possibilidade rudimentar de comunicação. De início, convencionou- se um determinado número de batidas para sim e não, mas esse meio evoluiu rapidamente para a tiptologia alfabética, onde cada letra possuía um número correspondente de pancadas. (O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec - 2ª parte - cap. XI)

10. VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

MOTORES: OS QUE PRODUZEM MOVIMENTOS DOS CORPOS INERTES.

DE TRANSPORTES: OS QUE PODEM SERVIR AOS ESPÍRITOS PARA O TRANSPORTE DE OBJETOS MATERIAIS.

VARIEDADE DE MÉDIUNS MOTORES E DE TRANSLAÇÕES:

 FENÔMENO DE TRANSPORTE: “(...) A presença de pessoas, antipáticas ao Espírito que opera, entrava radicalmente sua ação. É importante acrescentar que os transportes necessitam sempre de maior concentração, e ao mesmo tempo, de maior difusão de certos fluidos obtidos por médiuns cujo aparelho eletromedianímico é de melhores condições. (...)”
“(...) se é absurdo repelir sistematicamente todos os fenômenos produzidos pelos Espíritos, não é prudente aceitá-los cegamente. Quando um fenômeno de tangibilidade, de aparição, de visibilidade ou transporte se manifesta espontaneamente e de um modo instantâneo, aceitai-o; mas, (...) que cada fato sofra um exame minucioso, aprofundado e severo. (...) O Espiritismo nada tem a ganhar com essas pequenas manifestações que hábeis prestidigitadores podem imitar.”
“Necessariamente, é preciso, para se obterem fenômenos desta ordem, ter consigo médiuns que eu chamaria sensitivos, quer dizer, dotados, no mais alto grau, de faculdades medianímicas de expansão e de penetrabilidade; porque o sistema nervoso destes médiuns, facilmente excitável, lhes permite, por meio de certas vibrações, projetar ao seu redor, com profusão, seu fluido animalizado.” (Erasto - O LIVRO DOS MÉDIUNS, capítulo V item 98)

11. VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

 “A força gravitacional é nula para os Espíritos podendo transportar objetos de peso volumoso. Porém, este peso está em relação à quantidade de fluido combinado entre o Espírito e o médium, ou seja, se o Espírito transporta uma flor ou um objeto leve, frequentemente, é porque não encontra no médium, ou nele mesmo, os elementos necessários para um esforço mais considerável.” (O LIVRO DOS MÉDIUNS, cap. V - resumo da nota de Erasto referente à pergunta 14 – item 99)

12 -FENÔMENO DE TRANSPORTE

“(...) um risonho companheiro de nossa esfera tomou pequena porção das forças materializantes do médium sobre as mãos e afastou-se para trazer, daí a instantes, algumas flores que foram distribuídas com os irmãos encarnados, no intuito de sossegar-lhes a mente excitadiça. Calmando-nos a curiosidade, Áulus esclareceu: – É o transporte comum, realizado com reduzida cooperação das energias medianímicas. Nosso amigo (...) apenas tomou diminuta quantidade de força ectoplásmica, formando somente pequeninas cristalizações superficiais do polegar e do indicador, em ambas as mãos, a fim de colher as flores e trazê-las até nós. (...) – E se fosse o médium o objeto do transporte? traspassaria a barreira nas mesmas circunstâncias? – Perfeitamente, desde que esteja mantido sob nosso controle, intimamente associado às nossas forças, porque dispomos entre nós de técnicos bastante competentes para desmaterializar os elementos físicos e reconstituí-los de imediato, cônscios da responsabilidade que assumem. E sorrindo: – Você não pode esquecer que as flores transpuseram o tapume de alvenaria, penetrando aqui com semelhante auxílio. De idêntica maneira, caso encontrássemos utilidade num lance dessa natureza, o instrumento que nos serve de base ao trabalho poderia ser removido para o exterior com a mesma facilidade. As cidadelas atômicas, em qualquer construção da forma física, não são fortalezas maciças, qual acontece em nossa própria esfera de ação. O espaço persiste em todas as formações e, através dele, os elementos se interpenetram. Chegará o dia em que a ciência dos homens poderá reintegrar as unidades e as constituições atômicas, com a segurança dentro da qual vai aprendendo a desintegrá-las.” NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE André Luiz por Francisco Xavier EFEITOS FÍSICOS - cap. 28

13.  MÉDIUNS CURADORES:

“(...) CONSISTE PRINCIPALMENTE NOS DONS QUE CERTAS PESSOAS TEM DE CURAR PELO SIMPLES TOQUE, PELO OLHAR, POR UM GESTO MESMO, SEM A UTILIZAÇÃO DE NENHUMA MEDICAÇÃO. (...) O fluido magnético desempenha aqui um grande papel; mas, examinando-se o fenômeno com mais cuidado, percebe-se, em alguns, a influência de uma força oculta, de um Espírito. (item 175) “(...) A potência magnética reside no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que chama em sua ajuda. Se tu magnetizas para curar, por exemplo, e evocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta tua força e tua vontade, dirige teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias.” (item 176 – resposta à questão 2) “Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos.” (O LIVRO DOS MÉDIUNS, 2ª. parte cap. XVI item 189) VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS (O LIVRO DOS MÉDIUNS, 2ª. Parte cap. XIV)

14. VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

EXCITADORES:  OS QUE TÊM A FACULDADE DE DESENVOLVER NOS OUTROS POR SUA INFLUÊNCIA, A FACULDADE DE ESCREVER. É antes um efeito magnético do que um fato de mediunidade, porque nada prova a intervenção de um Espírito.

EFEITOS MUSICAIS: PROVOCAM A EXECUÇÃO DE MÚSICA EM CERTOS INSTRUMENTOS, SEM CONTATO.

PNEUMATÓGRAFOS: OS QUE OBTÊM A ESCRITA DIRETA. PROVAVELMENTE SE DESENVOLVE POR EXERCÍCIO. Só a experiência pode revelar se o médium a possui.
PNEUMATOFÔNICOS: PRODUZEM A VOZ DIRETA.

15. O LIVRO DOS MÉDIUNS - 2ª parte - capítulo XII: Se produz espontaneamente sem a utilização da mão do médium e de um lápis. Essa faculdade não é dada a todos os médiuns escreventes. Só a experiência pode fazer conhecer se se a possui. Conforme o médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases, e mesmo páginas inteiras. (VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – PNEUMATOGRAFIA)

 (...) Os Espíritos podem fazer se ouçam gritos de toda espécie e sons vocais que imitam a voz humana, assim ao nosso lado, como nos ares. A este fenômeno é que damos o nome de pneumatofonia.
(...)Podemos supor que, dentre eles, alguns, de ordem inferior, se iludem e julgam falar como quando vivos. Devemos preservar-nos de tomar por vozes ocultas todos os sons que não tenham causa conhecida, ou simples zumbidos, e, sobretudo, de dar o menor crédito à crença vulgar de que, quando o ouvido nos zune, é que nalguma parte estão falando de nós. Nenhuma significação têm esses zunidos, cuja causa é puramente fisiológica, ao passo que os sons pneumatofônicos exprimem pensamentos e nisso está o que nos faz reconhecer que são devidos a uma causa inteligente e não acidental.
Os sons pneumatofônicos se produzem de duas maneiras distintas: - às vezes, é uma voz interior que repercute no nosso foro íntimo, nada tendo, porém, de material as palavras, conquanto sejam claramente perceptíveis; - outras vezes, são exteriores e nitidamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que nos estivesse ao lado. De um modo, ou de outro, o fenômeno da pneumatofonia é quase sempre espontâneo e só muito raramente pode ser provocado. (VARIEDADES DE MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS - PNEUMATOFONIA - O LIVRO DOS MÉDIUNS - 2ª parte - capítulo XII)

18. de APARIÇÕES (ectoplasmia): PODEM PROVOCAR APARIÇÕES FLUÍDICAS OU TANGÍVEIS, VISÍVEIS PARA OS ASSISTENTES.

“(...) Se houvesse perfeita compreensão geral, respeito aos dons da vida, e se pudéssemos contar com valores morais espontâneos e legitimamente consolidados no espírito coletivo, essas manifestações seriam as mais naturais possíveis, sem qualquer prejuízo para o médium e assistentes. Acontece, porém, que são muito raros os companheiros encarnados dispostos às condições espirituais que semelhantes trabalhos exigem. Por isso mesmo, na incerteza de colaboração eficiente, as sessões de materialização efetuam-se com grandes riscos para a organização mediúnica e requisitam número dilatado de cooperadores do nosso plano.” “Todo o perigo desses trabalhos está na ausência de preparo dos nossos amigos da Crosta, os quais, na maioria das vezes, alegando impositivos científicos, se furtam a comezinhos princípios de elevação moral. Quando não se verifica o devido cuidado por parte deles, o fracasso pode assumir características terríveis, porque os irmãos que estabelecem as fronteiras vibratórias, no exterior do recinto, não podem impedir a entrada das entidades inferiores, absolutamente integradas com as suas vítimas terrenas. Há obsidiados que se sentem tão bem na companhia dos perseguidores, que imitam as mães terrestres agarradas aos filhos pequeninos, penetrando recintos consagrados a certos serviços, com que não se compadece ainda o espírito infantil. Quando os amigos menos avisados ingressam na tarefa em tais condições, as ameaças são verdadeiramente inquietantes.” (Instrutor Alexandre - MISSIONÁRIOS DA LUZ, André Luiz - Materialização - capítulo 10)

18. 77: (...) quando um objeto é posto em movimento, levantado ou atirado para o ar, não é que o Espírito o tome, empurre e suspenda, como o faríamos com a mão. O Espírito o satura, por assim dizer, do seu fluido, combinado com o do médium, e o objeto, momentaneamente vivificado desta maneira, obra como o faria um ser vivo, com a diferença apenas de que, não tendo vontade própria, segue o impulso que lhe dá a vontade do Espírito. (O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec - 2ª. Parte - cap. IV)

Carlos Mirabelli (1889-1951), brasileiro, foi médium telepata, de materialização, desmaterialização e levitação, clarividente, musical (em transe tocava piano e violino, e cantava com voz de tenor, barítono e baixo, várias árias em vários idiomas), pintor, psicofônico (em transe falava 26 idiomas), e psicógrafo (psicografava em 28 línguas, vivas ou mortas e, enquanto o fazia, conversava em outra língua). levitando (em transe).

MÉDIUNS DE TRANSLAÇÕES E SUSPENSÕES: PRODUZEM A TRANSLAÇÃO DE OBJETOS ATRAVÉS DO ESPAÇO OU A SUA SUSPENSÃO, OU SEJA, PODEM ELEVAR-SE A SI PRÓPRIOS. (LEVITAÇÃO)

19: TRANSFIGURAÇÃO: A transfiguração consiste na mudança de aspecto de um corpo vivo. Uma simples contração muscular pode dar à fisionomia expressão muito diferente da habitual, a ponto de tornar quase irreconhecível a pessoa. Esse fenômeno, estranho e raro, parece explicar-se assim:

TRANSFIGURAÇÃO VOLUNTÁRIA:

O perispírito irradia-se ao redor do corpo (por expansão perispiritual, sem chegar ao desdobramento completo);
- Forma-se uma espécie de vapor fluídico, envolvendo o corpo;
- Esse vapor fluídico perde a transparência e, como nuvem brumosa, oculta a visão do corpo físico;
- O Espírito encarnado, se puder e quiser, plasmará nesse vapor fluídico sua forma perispiritual ou outro aspecto determinado. TRANSFIGURAÇÃO MEDIÚNICA:
- Um Espírito aproveita a expansão perispiritual do encarnado (ou mesmo a provoca); - Combina os seus fluidos com os do encarnado;
- Imprime ao vapor fluídico, assim preparado, a aparência que lhe é própria (a do seu perispírito) ou outra aparência que desejar. (Mediunidade – cap. 32, Therezinha Oliveira) 

20. BICORPOREIDADE:

(bilocação) (...) Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar- se com todas as aparências da realidade, adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, foi que deu lugar às histórias de homens duplos, isto é, de Indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. (O LIVRO DOS MÉDIUNS, capítulo VII - item 119)

Fontes:
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
Mediunidade, Therezinha Oliveira
Missionários da Luz, (André Luiz / Chico Xavier)

Nos Domínios da Mediunidade(André Luiz / Chico Xavier)

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Classificação Mediúnica (Efeitos físicos e efeitos intelectuais)

Classificação Mediúnica
(Segundo a aptidão do médium)
1 - Efeitos Físicos
Mediunidade em que se observam os fenômenos objetivos e, por isso, perceptíveis pelos sentidos físicos.
Os médiuns de efeitos físicos, segundo Kardec, podem ser:
a) Facultativo - O que tem consciência da sua mediunidade e se presta à produção dos fenômenos por ato de sua própria vontade;
b) Involuntário ou natural - Nenhuma consciência tem dessas faculdades psíquicas, servindo muitas vezes, de instrumento dos fenômenos, a seu mau grado. (Ref. 1, Cap. XIV).
O médium de efeitos físicos, durante a produção dos fenômenos, pode permanecer em estado de transe, ou completamente desperto.
Os fenômenos de efeitos físicos mais comuns são:
a) Levitação
Quando pessoas ou objetos são erguidos no ar, sem interferência de recursos materiais objetivos.
b) Transporte
Quando objetos são levantados e deslocados de uma parte para outra, dentro do mesmo local ou trazidos de locais distantes.
c) Tiptologia
Comunicação dos Espíritos - valendo-se do alfabeto ou qualquer outro sinal convencionado - por meio de movimento de objetos ou através de pancadas.
O Espírito responderá às perguntas formuladas, valendo-se de um código estabelecido anteriormente.
Por exemplo:
  • Uma pancada significa sim; duas pancadas, não.
  • Uma pancada corresponde a letra A; duas pancadas correspondem à letra B, etc.;
  • As letras do alfabeto são dispostas sobre uma mesa e os Espíritos conduzem um determinado objeto que, percorrendo as várias letras, forma palavras e frases inteiras.
A tiptologia, portanto, pode ser obtida de maneira muito variada, a critério dos responsáveis pela experiência.
É muita conhecida, nesse caso, a experiência com o copo.
d) Materialização
Manifestação dos Espíritos, através da criação de formas ou efeitos físicos.A materialização se desdobra em nuances variadas - sinais luminosos ligeiros ou intensos, ruídos, odores e a materialização propriamente dita, desde apenas determinadas partes do corpo até a completa materialização da entidade espiritual que se comunica.
Para a materialização, os Espíritos manipulam e conjugam três elementos essenciais:
  • Fluidos inerentes à Espiritualidade;
  • Fluidos inerentes ao médium e demais participantes da reunião;
  • Fluidos retirados da natureza, especialmente da água e das plantas.
e) Voz direta ou Pneumatofonia
Comunicação oral do Espírito, diretamente, através de um aparelho vocal fluídico, manipulado pela espiritualidade.Nesse caso, os presentes registram apenas a voz dos Espíritos.
f) Escrita direta ou Pneumatografia
Comunicação dos Espíritos, através da escrita direta, isto é, sem concurso físico do médium.
A mensagem é grafada pelos Espíritos e, para tanto, nem o próprio lápis é indispensável.
g) Desdobramento (bicorporeidade)
Exteriorização do perispírito do médium que, afastado do corpo carnal - ao qual se liga pelo cordão fluídico - se manifesta materializado em local próximo ou distante.
O desdobramento pode assumir outras características, as quais, necessariamente, não se enquadram na categoria de efeitos físicos.
Por exemplo: O Espírito do médium, afastado do corpo, pode se fazer notar em outro local, através da vidência de um segundo médium.(Ref. 3, Cap. XII.)
2 - Sensitivos ou Impressionáveis
São aqueles cuja mediunidade se manifesta através de uma sensação física experimentada pelo médium, à aproximação do espírito.Assim, o médium impressionável, ainda que não ouça ou veja um Espírito, sente a sua presença pelas reações em seu organismo.
Do teor dessas reações, pode o médium deduzir a condição do Espírito:Rebelde, perseguidor, evoluído, dócil, etc.
Com o exercício, o médium chega a identificar, individualmente, os Espíritos, à sua simples aproximação.(Ref. 1, Cap. XIV)
3 - Auditivos
O médium audiente ouve vozes proferidas pelos Espíritos ou sons por eles produzidos, bem como, sons da própria natureza, que escapam à percepção da audição normal.
Por ser fenômeno de natureza psíquica, é fácil compreender-se que a audição se verifica no órgão perispirítico do médium, por isso, independe de sua audição física. (Ref. 3, Cap IX)
4 - Vidência
Faculdade mediante a qual o médium percebe, pela visão hiperfísica, os Espíritos desencarnados ou não, bem como situações ou paisagens do plano espiritual.Pode-se classificar em:
a) Vidência ambiente ou local
Quando o médium percebe o ambiente espiritual em que se encontra, registrando fatos que ali mesmo se desdobram ou então, quadros, sinais e símbolos projetados mentalmente por Espíritos com os quais esteja em sintonia.
b) Vidência no espaço
O médium vê cenas, sinais ou símbolos em pontos distantes do local em que se encontra.
c) Vidência no tempo
O médium vê cenas, representando fatos a ocorrer (visão profética) ou fatos passados em outros tempos (visão rememorativa).
d) Psicometria
Forma especial de vidência que se caracteriza pelo desenvolvimento, no campo mediúnico, de uma série de visões de coisas passadas, desde que, posto em presença do médium um objeto qualquer ligado àquelas cenas.Essa percepção se verifica em vista de tais objetos se acharem impregnados de influências pessoais dos seus possuidores ou dos locais onde se encontravam.
5 - Falantes ou Psicofônicos
Os médiuns falantes ou psicofônicos transmitem, pela palavra falada, a comunicação do Espírito.
É uma das formas de mediunidade mais comuns no intercâmbio mediúnico e é freqüentemente denominada de “incorporação”.
O médium psicofônico pode ser:
a) Consciente
O Espírito comunicante transmite telepaticamente, às vezes de grandes distâncias, as suas idéias ao médium, que as retrata aos encarnados com as suas próprias expressões.
b) Semiconsciente
Estabelecida a sintonia, ou equilíbrio vibratório, o Espírito comunicante, através do perispírito do médium, entra em contato com este, passando a atuar sobre o campo da fala e outros centros motores do médium.
Não há afastamento acentuado do Espírito do médium e este não perde a consciência ou conhecimento do que se passa.
Sujeita-se, espontaneamente, à influência do Espírito comunicante, mas o controla devidamente, podendo reagir a qualquer momento a essa influência, pela própria vontade.
O Espírito, apesar de não ter domínio completo sobre o médium, pode expressar com mais fidelidade as suas idéias, do que no caso anterior.
Na psicofonia semiconsciente, o comunicante é a ação, mas o médium personifica a vontade. (Ref. 3, Cap. XI)
c) Inconsciente
Também denominada psicofonia sonambúlica, se processa com o afastamento do Espírito do médium de seu corpo.
O comunicante utiliza-se mais livremente dos implementos físicos do medianeiro, pelo que a sua comunicação é mais fiel e isenta de “interpretações” por parte do médium.É comum, nesse caso, observada a afinidade, o Espírito retratar também, com maior ou menor nitidez, o tom de voz, as maneiras e até mesmo o seu aspecto físico característico.
Se o comunicante é um Espírito de inteira confiança do médium, este se afasta, tranqüilamente, cedendo-lhe o campo somático, como que entrega um instrumento valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza.
Quando, no entanto, o irmão que se manifesta se entrega à rebeldia ou perversidade, o médium, embora afastado do corpo, age na condição de um enfermeiro vigilante que cuida do doente necessitado.Esse controle é pacífico, porque a mente superior subordina as que lhe situam à retaguarda nos domínios do Espírito.
Quando se trata de uma entidade intelectualmente superior ao médium, porém, degenerada ou perversa, a fiscalização corre por conta dos mentores espirituais do trabalho mediúnico.
Se a psicofonia inconsciente ou sonambúlica se manifesta em um médium desequilibrado - sem méritos morais - ou irresponsável, pode conduzi-lo à subjugação (possessão), sempre nociva e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que renderam às forças vampirizantes.
6 - Sonambúlicos
No sonambulismo vemos duas ordens de fenômenos:
a) O sonâmbulo, propriamente dito, que age sob a influência de seu próprio Espírito.
É a sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos.
Suas idéias são, em geral, mais justas do que no estado normal;; seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma.
b) O médium sonambúlico, ao contrário, é um instrumento passivo e o que diz não vem de si mesmo.
Enquanto o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, o médium exprime o de outrem; confabula com os Espíritos e nos transmite os seus pensamentos. (Ref. 1, Cap. XIV.)
Médium sonambúlico, portanto, é aquele que, em estado de transe, se desprende do corpo e, nessa condição de “liberdade”, nos descreve o que vê, o que sente e ouve no plano Espiritual.
Esta mediunidade é denominada por André Luiz como DESDOBRAMENTO e assim é também classificada por diversos autores. (Ref. 2, Cap. XI.)
7 - Curadores
A mediunidade de cura é a capacidade que certos médiuns possuem de provocar reações reparadoras de tecidos e órgãos de corpo humano, inclusive os oriundos de influenciação Espiritual.
Nesse campo é muito difundida a prática de “passes” individuais ou coletivos, existindo dois tipos, assim discriminados:
a) Passe ministrado com os recursos magnéticos do próprio médium;
b) Passe ministrado com recursos magnéticos hauridos, no momento, do Plano Espiritual.
No primeiro caso, o médium transmite ao doente suas próprias energias fluídicas, operando assim, um simples trabalho de magnetização.No segundo, com a presença do médium servindo de polarizador, um Espírito desencarnado faz sobre o doente a aplicação, canalizando para ele os fluidos reparadores. (Ref. 3, Caps. XII e XX).
Efeitos físicos - Também no campo de Efeitos Físicos, comumente, encontramos médiuns que se dedicam às curas, realizando alguns, inclusive, operações de natureza extrafísica, em doentes tidos como incuráveis, cujos resultados benéficos são imediatos, contrariando, desse modo, todo o prognóstico da ciência terrena.
8 - Psicografia
Faculdade mediúnica, através da qual os Espíritos se comunicam pela escrita manual.
Os médiuns psicógrafos se classificam em:
a) Médium mecânico
Quando o Espírito atua sobre os centro motores do médium, impulsionando diretamente a sua mão.Esta se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer.
Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência de que escreve.
b) Médium intuitivo
O Espírito não atua sobre a mão para fazê-la escrever; atua sobre o Espírito do médium que, percebendo seu pensamento, transcreve-o no papel.
Nessa circunstância, não há inteira passividade; o médium recebe o pensamento do Espírito e o transmite.Tendo, portanto, consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento.
A idéia nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e essa pode estar mesmo fora dos limites dos conhecimentos e da capacidade do médium.
Enquanto o papel do médium mecânico é o de uma máquina o médium intuitivo age como um intérprete.Para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, para traduzi-lo fielmente.
c) Médium semimecânico
No médium mecânico o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo esse movimento é voluntário.O médium semimecânico participa dos dois gêneros:Sente que à sua mão é dada uma impulsão, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam.
Assim, no médium mecânico, o pensamento vem depois do ato da escrita; no intuitivo o pensamento precede a escrita e no semimecânico o pensamento acompanha a escrita. (Ref. 1, Cap. XV.)
9 - Poliglotas
Médiuns que, no estado de transe, possuem a capacidade de se exprimirem em línguas estranhas às suas próprias, embora no estado normal não conheçam estas línguas.
Essa mediunidade é denominada XENOGLOSSIA e tem causa no recolhimento de valores intelectuais do passado, os quais repousam na subconsciência do médium.Só pode ser o médium poliglota aquele que já conheceu, noutros tempos, o idioma pelo qual se expressa durante o transe. (Ref. 4, Cap. XXXVIII.)
10 - Pressentimentos
Os médiuns de pressentimentos ou proféticos são pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão ou, permitindo-o a Espiritualidade, têm a revelação de coisas futuras de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para sua instrução.
As profecias se circunscrevem às linhas mestras da evolução humana, pelo que é fácil de ser entendida por nós o seu mecanismo, pois, quem já percorreu o caminho, pode retornar atrás e alertar aos da retaguarda sobre seus percalços.
No que diz respeito ao campo individual, pode um Espírito falar a respeito de determinadas provas programadas pela própria pessoa antes da reencarnação.
Seja, no entanto, no plano geral ou no plano individual, as profecias são sempre relativas, já que, detendo a criatura o “livre-arbítrio” poderá em qualquer época, consoante a sua vontade, modificar as circunstâncias de sua vida, imprimindo-lhe novos rumos e, portanto, alterar os prognósticos que naturalmente se cumpririam se não fosse a sua deliberação.
11 - Intuição
Faculdade que permite ao homem receber, no seu íntimo, as inspirações e sugestões da Espiritualidade.
Desenvolve-se por não ter caráter fenomênico, à medida que a criatura se espiritualiza.
Para a intuição pura, portanto, todos nós caminhamos, constituindo a sua conquista um patrimônio da criatura espiritualizada.
12 - Referências

  • (1) “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec - 29ª Ed. - FEB
  • (2) “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz - 2ª Ed. - FEB
  • (3) “Mediunidade”, Edgard Armond - 9ª Ed. - LAKE
  • (4) “Estudando a Mediunidade”, José Martins Peralva - 4ª Ed. - FEB
Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com/Apostilas/Apostilas%20Gerais/Curso%20de%20Mediunidade%20(Uni%C3%A3o%20Esp%C3%ADrita%20Mineira).pdf

sábado, 5 de agosto de 2017

Estudo sobre pensamento

Vozes do Grande Além — Autores diversos

Em torno do pensamento

Reunião de 6 de setembro.
Completando-nos as tarefas da noite, o Espírito Antônio Cardoso, antigo batalhador das hostes espiritualistas no Brasil, tomou as faculdades psicofônicas do médium e teceu primorosos comentários acerca do pensamento.

1 Em verdade, já disse alguém, que tudo é amor em nosso caminho, porque todos vivemos nas situações a que nos afeiçoamos pelos laços da simpatia.
2 Sendo o amor, portanto, a raiz de todas as nossas atividades mentais, o pensamento é a base de todas as nossas manifestações, dentro da vida.
Senão vejamos:

  3 A bondade é o pensamento em luz.
  O ódio é o pensamento em treva.

  4 A humildade é o pensamento que ajuda.
  O orgulho é o pensamento que tiraniza.

  5 O trabalho é o pensamento em ação.
  A preguiça é o pensamento estanque.

  6 A ignorância é o pensamento instintivo.
  A cultura é o pensamento educado.

  7 A alegria é o pensamento harmonioso.
  A tristeza é o pensamento em desequilíbrio.

  8 A conformidade é o pensamento pacífico.
  O desespero é o pensamento desgovernado.

  9 A exigência é o pensamento destruidor.
  O serviço é o pensamento edificante.

  10 A sobriedade é o pensamento simples.
  O luxo é o pensamento complexo.

  11 O carinho é o pensamento brando.
  A aspereza é o pensamento enrijecido.

  12 A compreensão é o pensamento elevado ao Céu.
  O preconceito é o pensamento enquistado na Terra.

  13 O respeito é o pensamento nobre.
  O deboche é o pensamento imundo.

  14 O auxílio fraterno é o pensamento que ampara.
  A ironia é o pensamento que fere.

  15 O crime é o pensamento perverso.
  A santidade é o pensamento sublime.

  16 O egoísmo é o pensamento exclusivo do “eu”.
  O bem de todos e com todos é o pensamento da Lei Divina.

17 Vigiemos, assim, as nossas ideias, porque, se transparece claramente das lições de Jesus que a cada um de nós será conferido segundo as nossas obras, não podemos olvidar que todos os nossos pensamentos são filhos do amor que nos preside os interesses na vida e que todas as nossas obras são filhas de nossos pensamentos.

Antônio Cardoso


Nos domínios da mediunidade — André Luiz

Pensamento e mediunidade

1. O silêncio se fez profundo e respeitoso.
O grupo esperava a mensagem terminal.
Senti que o ambiente se fizera mais leve, mais agradável.
Sobre a cabeça de Dona Celina apareceu brilhante feixe de luz. Desde esse instante, vimo-la extática, completamente desligada do corpo físico, cercada de azulíneas irradiações.
Admirado com o belo fenômeno, enderecei um gesto de interrogação ao nosso orientador, que explicou sem detença:
— Nossa irmã Celina transmitirá a palavra de um benfeitor que, apesar de ausente daqui, sob o ponto de vista espacial, entrará em comunhão conosco através dos fluidos teledinâmicos que o ligam à mente da médium.
— Mas isso é possível? — indagou Hilário, discretamente.
Áulus ponderou, de imediato:
— Lembre-se da radiofonia e da televisão, hoje realizações amplamente conhecidas no mundo. Um homem, de cidade a cidade, pode ouvir a mensagem de um companheiro e vê-lo ao mesmo tempo, desde que ambos estejam em perfeita sintonia, através do mesmo comprimento de onda. Celina conhece a sublimidade das forças que a envolvem e entrega-se, confiante, assimilando a corrente mental que a solicita. Irradiará o comunicado-lição, automaticamente, qual acontece na psicofonia sonambúlica, porque o amigo espiritual lhe encontra as células cerebrais e as energias nervosas quais teclas bem ajustadas de um piano harmonioso e dócil.
O Assistente emudeceu, de súbito, fixando o olhar no jato de safirina luz, que se fizera mais abundante, a espraiar-se em todos os ângulos do recinto.
Contemplei os circunstantes.
O rosto da médium refletia uma ventura misteriosa e ignorada na Terra.
O júbilo que a possuía como que contagiara todos os presentes.
Dispunha-me a prosseguir observando, mas a destra do Assistente tocou-me, de leve, recordando-me a quietude e o respeito.
Foi então que a voz diferenciada de Dona Celina ressoou, clara e comovente, mais ou menos nestes termos:
— Meus amigos — começou a dizer o instrutor que nos acompanhava o trabalho a longa distância —, guardemos a paz que Jesus nos legou, a fim de que possamos servi-lo em paz.

2. Em matéria de mediunidade, não nos esqueçamos do pensamento.
Nossa alma vive onde se lhe situa o coração.
Caminharemos, ao influxo de nossas próprias criações, seja onde for.
A gravitação no campo mental é tão incisiva, quanto na esfera da experiência física.
Servindo ao progresso geral, move-se a alma na glória do bem. Emparedando-se no egoísmo, arrasta-se, em desequilíbrio, sob as trevas do mal.
A Lei Divina é o Bem de Todos.
Colaborar na execução de seus propósitos sábios é iluminar a mente e clarear a vida. Opor-lhe entraves, a pretexto de acalentar caprichos perniciosos, é obscurecer o raciocínio e coagular a sombra ao redor de nós mesmos.
É indispensável ajuizar quanto à direção dos próprios passos, de modo a evitarmos o nevoeiro da perturbação e a dor do arrependimento.
Nos domínios do espírito não existe a neutralidade.
Evoluímos com a luz eterna, segundo os desígnios de Deus, ou estacionamos na treva, conforme a indébita determinação de nosso “eu”.
Não vale encarnar-se ou desencarnar-se simplesmente. Todos os dias, as formas se fazem e se desfazem.
Vale a renovação interior com acréscimo de visão, a fim de seguirmos à frente, com a verdadeira noção da eternidade em que nos deslocamos no tempo.
Consciência pesada de propósitos malignos, revestida de remorsos, referta de ambições desvairadas ou denegrida de aflições não pode senão atrair forças semelhantes que a encadeiam a torvelinhos infernais.
A obsessão é sinistro conúbio da mente com o desequilíbrio comum às trevas.
Pensamos, e imprimimos existência ao objeto idealizado.
A resultante visível de nossas cogitações mais íntimas denuncia a condição espiritual que nos é própria, e quantos se afinam com a natureza de nossas inclinações e desejos aproximam-se de nós, pelas amostras de nossos pensamentos.
Se persistimos nas esferas mais baixas da experiência humana, os que ainda jornadeiam nas linhas da animalidade nos procuram, atraídos pelo tipo de nossos impulsos inferiores, absorvendo as substâncias mentais que emitimos e projetando sobre nós os elementos de que se fazem portadores.

3. Imaginar é criar.
E toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar quanto àquilo que devamos receber.
Quem apenas mentalize angústia e crime, miséria e perturbação, poderá refletir no espelho da própria alma outras imagens que não sejam as da desarmonia e do sofrimento?
Um viciado entre os santos não lhes reconheceria a pureza, de vez que, em se alimentando das próprias emanações, nada conseguiria enxergar senão as próprias sombras.
Quem vive a procurar pedras na estrada, certamente não encontrará apenas calhaus subservientes.
Quem se detenha indefinidamente na medição de lama está ameaçado de afogamento no lodo.
O viajante fascinado pelos sarçais, à beira do caminho, sofre o risco de enlouquecer entre os espinheiros do mato inculto.
Vigiemos o pensamento, purificando-o no trabalho incessante do bem, para que arrojemos de nós a grilheta capaz de acorrentar-nos a obscuros processos de vida inferior.
É da forja viva da ideia que saem as asas dos anjos e as algemas dos condenados.
Pelo pensamento, escravizamo-nos a troncos de suplício infernal, sentenciando-nos, por vezes, a séculos de peregrinação nos trilhos da dor e da morte.
A mediunidade torturada não é senão o enlace de almas comprometidas em aflitivas provações, nos lances do reajuste.
E, para abreviar o tormento que flagela de mil modos a consciência reencarnada ou desencarnada, quando nas grades expiatórias, é imprescindível atender à renovação mental, único meio de recuperação da harmonia.

4. Satisfazer-se alguém com o rótulo, em matéria religiosa, sem qualquer esforço de sublimação interior é tão perigoso para a alma quanto deter uma designação honorífica entre os homens com menosprezo pela responsabilidade que ela impõe.
Títulos de fé não constituem meras palavras, acobertando-nos deficiências e fraquezas. Expressam deveres de melhoria a que não nos será lícito fugir, sem agravo de obrigações.
Em nossos círculos de trabalho, desse modo, não nos bastará o ato de crer e convencer.
Ninguém é realmente espírita à altura desse nome, tão só porque haja conseguido a cura de uma escabiose renitente, com o amparo de entidades amigas, e se decida, por isso, a aceitar a intervenção do Além-Túmulo na sua existência; e ninguém é médium, na elevada conceituação do termo, somente porque se faça órgão de comunicação entre criaturas visíveis e invisíveis.
Para conquistar a posição de trabalho a que nos destinamos, de conformidade com os princípios superiores que nos enaltecem o roteiro, é necessário concretizar-lhes a essência em nossa estrada, por intermédio do testemunho de nossa conversão ao amor santificante.
Não bastará, portanto, meditar a grandeza de nosso idealismo superior. É preciso substancializar-lhe a excelsitude em nossas manifestações de cada dia.
Os grandes artistas sabem colocar a centelha do gênio numa simples pincelada, num reduzido bloco de mármore ou na mais ingênua composição musical. As almas realmente convertidas ao Cristo lhe refletem a beleza nos mínimos gestos de cada hora, seja na emissão de uma frase curta, na ignorada cooperação em favor dos semelhantes ou na renúncia silenciosa que a apreciação terrestre não chega a conhecer.
Nossos pensamentos geram nossos atos e nossos atos geram pensamentos nos outros.
Inspiremos simpatia e elevação, nobreza e bondade, junto de nós, para que não nos falte amanhã o precioso pão da alegria.

5. Convicção de imortalidade, sem altura de espírito que lhe corresponda, será projeção de luz no deserto.
Mediação entre dois Planos diferentes, sem elevação de nível moral, é estagnação na inutilidade.
O pensamento é tão significativo na mediunidade, quanto o leito é importante para o rio. Ponde as águas puras sobre um leito de lama pútrida e não tereis senão a escura corrente da viciação.
Indubitavelmente, divinas mensagens descerão do Céu à Terra. Entretanto, para isso, é imperioso construir canalização adequada.
Jesus espera pela formação de mensageiros humanos capazes de projetar no mundo as maravilhas do seu Reino.
Para atingir esse aprimoramento ideal é imprescindível que o detentor de faculdades psíquicas não se detenha no simples intercâmbio. Ser-lhe-á indispensável a consagração de suas forças às mais altas formas de vida, buscando na educação de si mesmo e no serviço desinteressado a favor do próximo o material de pavimentação de sua própria senda.
A comunhão com os orientadores do progresso espiritual do mundo, através do livro, nos enriquece de conhecimento, acentuando-nos o valor mental; e a plantação de bondade constante traz consigo a colheita de simpatia, sem a qual o celeiro da existência se reduz a furna de desespero e desânimo.
Não basta ver, ouvir ou incorporar Espíritos desencarnados, para que alguém seja conduzido à respeitabilidade.
Irmãos ignorantes ou irresponsáveis enxameiam, como é natural, todos os departamentos da Terra, em vista da posição evolutiva deficitária em que ainda se encontram as coletividades do Planeta e, muita vez, sem qualquer raiz de perversidade propriamente dita, milhares de almas, despidas do envoltório denso, praticam o vampirismo junto dos encarnados invigilantes, simplesmente no intuito de prosseguirem coladas às sensações do campo físico das quais não se sentem com suficiente coragem para se desvencilharem.

6. Toda tarefa, para crescer, exige trabalhadores que se dediquem ao crescimento, à elevação de si mesmos.
Isso é demasiado claro em todos os Planos da Natureza.
Não há frutos na árvore nascente.
A madeira não desbastada é incapaz de servir, com eficiência, ao santuário doméstico.
A areia movediça não garante a sustentação.
Não se faz luz na candeia sem óleo.
O carro não transita com êxito onde a picareta ainda não estruturou a estrada conveniente.
Como esperardes o pensamento divino, onde o pensamento humano se perde nas mais baixas cogitações da vida?
Que mensageiro do Céu fará fulgir a mensagem celestial em nosso entendimento, quando o espelho de nossa alma jaz denegrido pelos mais inferiores dos interesses?
Em vão buscaria a estrela retratar-se na lama de um charco.
Amigos, pensemos no bem e executemo-lo.
Tudo o que existe dentro da Natureza é a ideia exteriorizada.
O Universo é a projeção da Mente Divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da Mente Humana.
Civilizações e povos, culturas e experiências constituem formas de pensamento, através das quais evolvemos, incessantemente, para Esferas mais altas.
Atentemos, pois, para a obrigação de autoaperfeiçoamento.
Sem compreensão e sem bondade, irmanar-nos-emos aos filhos desventurados da rebeldia.
Sem estudo e sem observação, demorar-nos-emos indefinidamente entre os infortunados expoentes da ignorância.
Amor e sabedoria são as asas com que faremos nosso voo definitivo, no rumo da perfeita comunhão com o Pai Celestial.
Escalemos o Plano superior, instilando pensamentos de sublimação naqueles que nos cercam.
A palavra esclarece.
O exemplo arrebata.
Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor.
Cristo é a meta de nossa renovação. Regenerando a nossa existência pelos padrões d’Ele, reestruturaremos a vida íntima daqueles que nos rodeiam.
Meus amigos, crede!…
O pensamento puro e operante é a força que nos arroja do ódio ao amor, da dor à alegria, da Terra ao Céu…
Procuremos a consciência de Jesus para que a nossa consciência lhe retrate a perfeição e a beleza!…
Saibamos refletir-lhe a glória e o amor, a fim de que a luz celeste se espelhe sobre as almas, como o esplendor solar se estende sobre o mundo.
Comecemos nosso esforço de soerguimento espiritual desde hoje e, amanhã, teremos avançado consideravelmente no grande caminho!…
Meus amigos, meus irmãos, rogando a Jesus que nos ampare a todos, deixo-vos com um até breve.
A voz da médium emudeceu.
Sensibilizados, reparamos que, no alto, se apagara o jorro brilhante.
Raul Silva, em prece curta, encerrou a reunião.
Enlaçamos Clementino às despedidas.
— Voltem sempre — convidou-nos gentil.
Sim., sim, continuaríamos aprendendo.
E, lado a lado com o nosso orientador, retiramo-nos, felizes, como quem sorvera a água viva da paz, na taça da alegria.

André Luiz

Os fluidos e a força do pensamento

Os Espíritos afirmam que uma das modificações mais importantes do fluido universal é o fluido vital. Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte.

Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos:

“A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante”.

“A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm”.

“O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se”.

O homem pode manter o equilíbrio de sua saúde vital através da alimentação e da respiração de ar não poluído, entre outros fatores, mas, acima disso, mantendo uma conduta mental sadia.

O pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas.

Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência.

Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal-estar físico e psíquico.

"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável" (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Pode-se concluir, assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos.

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, mas que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, conseqüentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos somos responsáveis de alguma maneira pelo estado de dificuldades morais em que vive o Planeta atualmente e cabe a nós mesmos modificá-lo.

"Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes" (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).


Ação do Pensamento

Todo pensamento cultivado se incorpora à conduta do homem.

O pensamento é força que plasma desejos cuja consistência varia de acordo com a incidência da idéia geradora.

O mundo parafísico é constituído de energia mento-neuro-psíquica maleável à vontade que age sobre ela, elaborando as formas nas quais o indivíduo se aprisiona ou com elas se liberta.

A conduta mental responde pelo comportamento físico e moral.

Hábito é vida, na ação do dia-a-dia.

O ódio contumaz atira dardos destruidores como o ouriço irritado lança espículos ferintes.

A mágoa constante intoxica e enferma, à semelhança do pântano que exala miasma venenoso.

A revolta contínua alucina, tanto quanto a serpente agressiva pica e mata.

A inveja permanente desarticula a capacidade de julgamento equilibrado, qual ocorre com o ciúme que se atormenta e persegue com desatino.

Os lobos caem nas armadilhas para lobos.

Quem semeia desequilíbrio, defronta tempestades.

A amizade pura exterioriza simpatia afável, como a violeta, o perfume agradável.

O amor irradia beleza, da mesma forma que a terra cultivada oferta o pão.

A bondade natural cativa o próximo, como a paisagem iluminada ganha a emoção superior.

O perdão indistinto aureola de paz que contagia, à semelhança da luz que penetra e aquece.

Cordeiros pastam com cordeiros.

A vida responde conforme a proposta da questão.

Quem esparge esperança recolhe bênçãos.

O homem é a sua vida mental, que lhe cumpre educar e movimentar a bem de si próprio e do progresso geral, co-construtor que é, consciente ou inconscientemente, na obra da divina Criação.

Autor: Carneiro de Campos
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Seara do Bem



Mente e Vida

A usina mental é possuidora de inimaginável poder gerador de energia, mantendo-a neutra até o momento em que o Espírito a movimenta, conforme as aspirações que agasalha e o direcionamento que lhe compraz.

Não existe um povo no qual, nas raízes de sua origem, a mente não tenha sido responsável pelo seu desenvolvimento e progresso.

À medida que a cultura adquiriu cidadania e as doutrinas psicológicas aprofundaram a investigação na psique, mais fácil se fez o entendimento e a aplicação dessas fabulosas energias.

Mente é também vida.

Todos nos encontramos mergulhados no pensamento exteriorizado pela Mente Divina, que tudo orienta e conduz com segurança, desde as colossais galáxias às micropartículas.

Conforme penses, assim viverás.

Se te permites o pessimismo contumaz, permanecerás na angústia, a um passo da depressão.

Se anelas pela felicidade, já te encontras fruindo as bênçãos que dela decorrem, como prenúncio do que alcançarás mais tarde.

Se projetas insucesso pelo caminho, seguirás uma trilha assinalada pelo fracasso elaborado pelo teu próprio sofrimento.

Se arrojas em direção do futuro o êxito, encontrá-lo-ás á tua espera, à medida que avances no rumo dos objetivos superiores.

A mente produz aquilo que o pensamento direciona.

Quando consigas, por tua vez, entregar-te ao amor e vivê-lo em totalidade, poderás assinalar, qual o fez o apóstolo das gentes: Já não sou eu que vivo, mas o Cristo que vive em mim.

Aprofunda, portanto, reflexões em torno do pensamento, deixa-te potencializar pela sua força e canaliza-o para a felicidade que te está destinada, e a experimentarás desde este momento.

Joanna de Ângelis - Mensagem psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 20 de junho de 2007, no Centro Espírita 'Caminho da Redenção', Salvador-Bahia.



Pensamento e Perispírito

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras.

Corpo intermediário entre o ser pensante, eterno, e os equipamentos físicos, transitórios, por ele se processam as imposições da mente sobre a matéria e os efeitos dela em retomo à causa geratriz.

Captando o impulso do pensamento e computando a resposta da ação, a ele se incorporam os fenômenos da conduta atual do homem, assim programando os sucessos porvindouros, mediante os quais serão aprimoradas as conquistas, corrigidos os erros e reparados os danos destes últimos derivados.

Constituído por campos de forças mui especiais, ele irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo amas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas.

Assim, quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do reencarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.

A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará.

Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o reencarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.

Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.

Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força especifico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo.

Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.

Desse modo, o perispírito do reencarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o como compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritos. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento.

Sem descartarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme pretendem diversos estudiosos da Embriogenia e outras áreas da ciência, não tem razão de ser.

Cada Espírito é legatário de ú mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça.

Certamente, caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução.

Saúde e enfermidade, beleza e feiúra, altura e pequenez, agilidade e retardamento, como outras expressões da vida física, procedem do Espírito que vem recompor e aumentar os valores bem ou mal utilizados nas existências pretéritas.

Além desses, os comportamentos e as manifestações mentais, sexuais, emocionais decorrem dos atos perpetrados antes e que a reencarnação traz de volta para a indispensável canalização em favor do progresso de cada ser.

As alienações, os conflitos e traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconseqüência.

A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Motivo este que libera "o filho de pagar pelos pais" ou avós, o que constituiria, se verdadeiro, uma terrível e arbitrária imposição da Justiça que, mesmo na Terra, tem código penalógico mais equilibrado.

Os pensamentos largamente cultivados levam o indivíduo a ações inesperadas, como decorrência da adaptação mental que se permitiu. Desencadeada a ação, os efeitos serão incorporados ao modus vivendi posterior da criatura.

E mesmo quando não se convertem em atitudes e realizações por falta de oportunidade, aquelas aspirações mentais, vividas em clima interior, apresentam-se como formas e fantasmas que terão de ser diluídos por meio de reagentes de diferente ordem, para que se restabeleça o equilíbrio do conjunto espiritual.

Conforme a constância mental da idéia, aparece uma correspondente necessidade da emoção.

Todos esses condicionamentos estabelecem o organograma físico, mental e moral da futura empresa reencarnacionista a que o Espírito se deve submeter, ante o fatalismo da evolução.

O conjunto - Espírito ou mente, perispírito ou psicossoma e corpo ou soma - é tão entranhadamente conjugado no processo da reencarnação que, em qualquer período da existência, são articulados ou desfeitos sucessivos equipamentos que procedem da ação de um sobre o outro. O Espírito aspira e o perispírito age sobre os implementos materiais, dando surgimento a respostas orgânicas ou a fatos que retomam à fonte original, como efeito da ação física que o mesmo corpo transfere para o ser eterno, concedendo-lhe crédito ou débito que se incorpora à economia da vida planetária.

O mundo mental, das aspirações e ideais, é o grande agente modelador do mundo físico, orgânico. Conforme as propostas daquele, têm lugar as manifestações neste.

Assim se compreende porque a Terra é mundo de "provas e expiações", considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.

À medida que o ser evolve, melhores condições estatui para o próprio crescimento, dentro do mesmo critério da lei do progresso, que realiza com mais segurança os mecanismos de desenvolvimento, de acordo com as conquistas logradas. Quanto mais adiantado um povo, mais fáceis e variados são-lhe os recursos para o seu avanço.

O pensamento, desse modo, é um agente de grave significado no processo natural da vida, representando o grau de elevação ou inferioridade do Espírito, que, mediante o seu psicossoma ou órgão intermediário, plasma o que lhe é melhor e mais necessário para marchar no rumo da libertação.

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Temas da Vida e da Morte.




Mecanismos da mediunidade — André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira

Matéria mental


1. PENSAMENTO DO CRIADOR — Identificando o Fluido Elementar ou Hálito Divino por base mantenedora de todas as associações da forma nos domínios inumeráveis do Cosmo, do qual conhecemos o elétron como sendo um dos corpúsculos-base, nas organizações e oscilações da matéria, interpretaremos o Universo como um todo de forças dinâmicas, expressando o Pensamento do Criador. E superpondo-se-lhe à grandeza indevassável, encontraremos a matéria mental que nos é própria, em agitação constante, plasmando as criações temporárias, adstritas a nossa necessidade de progresso.
No macrocosmo e no microcosmo, tateamos as manifestações da Eterna Sabedoria que mobiliza agentes incontáveis para a estruturação de sistemas e formas, em variedade infinita de graus e fases, e entre o infinitamente pequeno e o infinitamente grande surge a inteligência humana, dotada igualmente da faculdade de mentalizar e co-criar, empalmando, para isso, os recursos intrínsecos à vida ambiente.
Nos fundamentos da Criação vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre esse plasma divino vibra o pensamento mensurável da criatura a constituir-se no vasto oceano de força mental em que os poderes do Espírito se manifestam.

2. PENSAMENTO DAS CRIATURAS — Do Princípio Elementar, fluindo incessantemente no campo cósmico, auscultamos, de modo imperfeito, as energias profundas que produzem eletricidade e magnetismo, sem conseguir enquadrá-las em exatas definições terrestres, e, da matéria mental dos seres criados, estudamos o pensamento ou fluxo energético do campo espiritual de cada um deles, a se graduarem nos mais diversos tipos de onda, desde os raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as legiões angélicas, através de processos ainda inacessíveis à nossa observação, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica, ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos.
Os Espíritos aperfeiçoados, que conhecemos sob a designação de potências angélicas do Amor Divino, operam no micro e no macrocosmo, em nome da Sabedoria Excelsa, formando condições adequadas e multiformes à expansão, sustentação e projeção da vida nas variadas Esferas da Natureza, no encalço de aquisições celestiais que, por enquanto, estamos longe de perceber. A mente dos homens, indiretamente controlada pelo comando superior, interfere no acervo de recursos do Planeta, em particular, aprimorando-lhe os recursos na direção do Plano angélico, e a mente embrionária dos animais, influenciada pela direção humana, hierarquiza-se em serviço nas regiões inferiores da Terra, no rumo das conquistas da Humanidade.

3. CORPÚSCULOS MENTAIS — Como alicerce vivo de todas as realizações nos Planos físico e extrafísico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é matéria, — a matéria mental, em que as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo.
Temos, ainda aqui, as formações corpusculares, com bases nos sistemas atômicos em diferentes condições vibratórias, considerando os átomos, tanto no Plano físico, quanto no Plano mental, como associações de cargas positivas e negativas.
Isso nos compete naturalmente a denominar tais princípios de “núcleos, prótons, nêutrons, posítrons, elétrons ou fótons mentais”, em vista da ausência de terminologia analógica para estruturação mais segura de nossos apontamentos.
Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos “quanta de energia” e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprimem frequência e cor peculiares.
Essas forças, em constantes movimentos sincrônicos ou estado de agitação pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada pessoa uma onda mental própria.

4. MATÉRIA MENTAL E MATÉRIA FÍSICA — Em posição vulgar, acomodados às impressões comuns da criatura humana normal, os átomos mentais inteiros, regularmente excitados, na esfera dos pensamentos, produzirão ondas muito longas ou de simples sustentação da individualidade, correspondendo à manutenção de calor. Se forem os elétrons mentais, nas órbitas dos átomos da mesma natureza, a causa da agitação, em estados menos comuns da mente, quais sejam os de atenção ou tensão pacífica, em virtude de reflexão ou oração natural, o campo dos pensamentos exprimir-se-á em ondas de comprimento médio ou de aquisição de experiência, por parte da alma, correspondendo à produção de luz interior. E se a excitação nasce dos diminutos núcleos atômicos, em situações extraordinárias da mente, quais sejam as emoções profundas, as dores indizíveis, as laboriosas e aturadas concentrações de força mental ou as súplicas aflitivas, o domínio dos pensamentos emitirá raios muito curtos ou de imenso poder transformador do campo espiritual, teoricamente semelhantes aos que se aproximam dos raios gama.
Assim considerando, a matéria mental, embora em aspectos fundamentalmente diversos, obedece a princípios idênticos àqueles que regem as associações atômicas, na Esfera física, demonstrando a divina unidade de plano do Universo.

5. INDUÇÃO MENTAL — Recorrendo ao “campo” de Einstein, imaginemos a mente humana no lugar da chama em atividade. Assim como a intensidade de influência da chama diminui com a distância do núcleo de energias em combustão, demonstrando fração cada vez menor, sem nunca atingir a zero, a corrente mental se espraia, segundo o mesmo princípio, não obstante a diferença de condições.
Essa corrente de partículas mentais exterioriza-se de cada Espírito com qualidade de indução mental, tanto maior quanto mais amplos se lhe evidenciem as faculdades de concentração e o teor de persistência no rumo dos objetivos que demande.
Tanto quanto, no domínio da energia elétrica, a indução significa o processo através do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contato visível, no reino dos poderes mentais a indução exprime processo idêntico, porquanto a corrente mental é suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra corrente mental que se lhe sintonize. E tanto na eletricidade quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas, enquanto perdure a sustentação do fluxo energético.
Compreendemos assim, perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade.

6. FORMAS-PENSAMENTOS — Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação, desde o acasalamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento.
Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.
É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na Esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos Planos superiores ou estaciona nos Planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.

André Luiz